Uma notícia, propositadamente ou não, passou despercebida da
grande mídia televisa, impressa, radiofônica e digital: recentemente as
empresas Fly Emirates e Sony, anunciaram que não renovarão seus contratos (milionários)
com a FIFA. A alegação escondida atrás
da desculpa é que as empresas estão passando por readequações em seus investimentos
publicitários, o que não é verdade.
O fato é que, a partir dos escândalos de compra de votos para
as Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Qatar, sob a batuta, sempre cega, da
entidade maior do futebol, a FIFA, gigantes que antes não se preocupavam com
imagem agora começam a ouvir seus clientes.
E quando esses resolvem boicotar empresas envolvidas em corrupção...sai
de baixo.
A verdade é que a entidade começa a dar incômodos sinais de que
está preocupada com a imagem de corrupta que começa a colar em sua marca. Há pouco mais de dois meses mandou
presidentes de federações nacionais, mundo afora, devolver os “relógios-brindes”
que custaram US$ 16 mil dados pela CBF na Copa do Mundo e, agora, preocupada
com uma investigação-farsa no caso das sedes, solicitou ao Tribunal de Justiça
suíço, que apurasse o caso. Não bastasse
a entidade estar localizada no país considerado a maior lavanderia de dinheiro
sujo do mundo, a Suíça, e ter como presidente a figura asquerosa de Joseph
Blatter, qualquer resultado que não casse as duas próximas sedes, será
considerado fracasso.
Bem que a moda podia chegar a essas lindas terras
tupiniquins. Por aqui, a poderosa Rede Globo
de Televisão, como a comandar cordeirinhos que não pensam, parece pouco se
importar com sua imagem. Responsável
pelo patrocínio exclusivo dos campeonatos de futebol das Séries A e B,
organizado pela CBF, o que em outras palavras significa que sem ela muito
provavelmente não haveria campeonato, a Globo, líder em audiência, jamais
cobrou da CBF a modernização de seu estatuto visando tornar a entidade máxima
do futebol mais democrática e plural, jamais deu força para evitar as
costumeiras viradas de mesa que nos desmoralizam, interna e externamente.
Amiga do Poder, sempre, assistimos Ricardo Teixeira e João
Havelange serem expelidos da CBF e FIFA, sem que sequer tenhamos visto matérias
ou entrevistas aprofundadas sobre os motivos que levaram a esse desfecho. Mais, como em um jogo de cartas marcadas,
seus substitutos, Marin, colaborador da ditadura e colecionador de medalhinhas
alheias, e Del Nero, atual e futuro presidente da CBF, sucederam o
ex-presidente sem que a (vassala) mídia global fosse capaz de aproveitar o
momento e propor mudanças.
O resultado de tantos desatinos foi o maior mico do século do
futebol. O inesquecível vexame dos 7 a
1. Como se não existisse imprensa,
depois de tudo isso, volta Dunga. Bem, agora
só falta quebrarmos o tabu de sermos, ainda, o único país que participou de
todas as Copas.
Como o Povo não é bobo, essa é a Globo, parceira do Poder. Até que os clientes de seus anunciantes
descubram a força que têm.
Abraços Sustentáveis
Odilon de Barros
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