Brasil joga no lixo, a cada ano, cerca de R$ 10 bilhões por falta de reciclagem e destinação adequada de resíduos sólidos e de uma política de logística reversa que gerencie o retorno de embalagens e outros materiais descartados de volta à indústria. É essa realidade que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende transformar com a implantação, em todo o país, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), tema de oficina realizada no último dia do II Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A meta do governo federal é eliminar os lixões de todos os municípios brasileiros até o final de 2014, segundo explicou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Pedro Wilson Guimarães. Os governos estaduais e municipais deverão providenciar a substituição dos lixões por aterros sanitários, pois, a partir de 2014, a liberação de recursos da União estará condicionada à existência de planos estaduais e municipais de gestão de resíduos sólidos e de saneamento básico. por redação Envolverde
Pnuma: 3,5 bilhões de pessoas não têm acesso ao manejo do lixo
Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente afirma que situação representa riscos de
saúde e ambientais; agência afirma ainda que problema causa danos à economia.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma,
alertou que 3,5 bilhões de pessoas, metade da população mundial, não têm acesso
ao manejo do lixo.
Segundo o Pnuma, essa situação representa riscos à saúde e ao meio
ambiente, além de prejudicar a economia.
Lixões
Segundo o Pnuma, os lixões, como são chamadas as áreas abertas
onde os dejetos são despejados, podem causar sérios problemas de saúde para as
pessoas que vivem perto desses locais.
Além disso, o Guia afirma que um manejo ruim do lixo pode causar
a contaminação do solo e da água. A queima do material pode poluir o ar e o
fato de não se utilizar materiais reciclados pode acelerar o esgotamento dos
bens naturais.
Coleta
O Pnuma calcula que todos os anos são coletados 1,3 bilhão de
toneladas de lixo sólido no mundo. Essa quantidade deve aumentar para 2,2
bilhões até 2025, principalmente, por causa dos países em desenvolvimento.
O mercado global do lixo, desde a coleta até a reciclagem,
movimenta um mercado de US$ 410 bilhões por ano, mais de R$ 820 bilhões. As
atividades de reciclagem na União Europeia geraram mais de 500 mil empregos em
2008.
Desperdício
O Guia do Pnuma diz ainda que o desperdício de alimentos chega a
1,3 bilhão de toneladas por ano. Praticamente um terço da comida destinada ao
consumo humano é perdida ou jogada no lixo anualmente.
Para combater o problema, o documento diz que o manejo não é o
único desafio. Os benefícios aparecem quando o lixo é tratado como um recurso
que pode ser recuperado e colocado para uso produtivo e rentável.
O Pnuma reforça a importância da implementação de estratégias
nacionais, como também, da necessidade de ajuste dos sistemas tendo como base
mudanças das circunstâncias ou do contexto local. (Rádio ONU)