Imprensa ainda ajuda a
disseminar confusão sobre mudanças climáticas
Levantamento em seis países mostra que oito em cada dez
reportagens sobre o aquecimento global têm como pauta o ceticismo climático,
apesar de a comunidade científica, em sua maioria, apoiar a teoria.
O jornalismo tem um papel muito importante na conscientização da
sociedade sobre as consequências das mudanças climáticas ao “traduzir” estudos
científicos para que os cidadãos saibam o que já está acontecendo ao seu redor
e quais serão os impactos em suas vidas caso nada seja feito para lidar com o
aquecimento global.
Porém, um levantamento do Instituto Reuters para Estudo do
Jornalismo da Universidade de Oxford mostrou que a imprensa ainda prefere se
ater às pautas relacionadas ao conflito entre céticos versus comunidade científica
e às que apenas detalham desastres, sem mencionar a necessidade de políticas
climáticas.
De acordo com o trabalho, de 350 reportagens analisadas entre
2007 e 2012, 82% adotaram uma narrativa de desastre, descrevendo tragédias como
o furacão Sandy, mas não abordaram que os riscos vão aumentar se não agirmos
para lidar com as mudanças climáticas. As matérias em que entrevistados
contestam a influência do homem no aumento das temperaturas também aparecem
acima dos 80%.
Em contraste, apenas 25% das reportagens apontaram as opções
políticas disponíveis para frear as emissões de gases do efeito estufa ou as
oportunidades econômicas que países e empresas podem aproveitar se adotarem
ações de baixo carbono.
“Existem
evidências mostrando que em muitos países o público tem dificuldade para
entender as incertezas científicas e as confundem com ignorância”, explicou
James Painter, autor do trabalho.
Comunicar
as consequências observadas das mudanças climáticas é uma tarefa desafiadora, e
que é muitas vezes feita de forma insatisfatória pela imprensa”, destacou Will
Steffen, comissário climático da Austrália.
Os países abordados pelo levantamento foram Austrália, Estados
Unidos, França, Índia, Noruega e Reino Unido. Em cada uma dessas nações foram
analisados três jornais, entre eles Le Monde, NY Times, Wall Street Journal e
The Guardian.
Austrália e Estados Unidos aparecem como os locais onde mais
reportagens sobre as dúvidas da realidade das mudanças climáticas foram feitas.
A pesquisa mostrou ainda que os jornalistas citaram em 60% das
suas matérias pesquisadores e estudos publicados em periódicos científicos. No
entanto, mesmo nessa situação, quase metade dessas reportagens acabaram também
abrindo espaço para vozes contrárias ao aquecimento global, reforçando a
impressão nos leitores de que existe um “racha” na comunidade científica.
Pesquisas mostram que dos milhares de cientistas que publicam
trabalhos na área climática, 98,7% não têm dúvida da origem antrópica das
mudanças climáticas”, afirmou.
“Eles [os céticos] estão
fazendo o mesmo que alguns pesquisadores da área médica fizeram nos anos 1970
sobre a questão do tabaco. Eles estão aí para confundir. Com o lobby do tabaco
deu certo. A não regulamentação do cigarro durou mais dez anos. É o mesmo agora, e a estratégia está
funcionando”, explicou. por
Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Ampla lança programa Mobilidade Elétrica em Búzios
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Rio de Janeiro - O município de Búzios,
na região dos Lagos do Rio de Janeiro, deu ontem mais um passo em direção à
sustentabilidade. A Ampla lançou no balneário o programa Mobilidade Elétrica,
que integra o amplo projeto Cidade Inteligente, que a concessionária de
energia elétrica está implantando no município.
A iniciativa é parte do Programa Rio Capital da Energia. A primeira frota de veículos elétricos na cidade inclui 40 bicicletas – 30 para aluguel em pousadas e dez para uso da Guarda Municipal; dois carros – utilizados por pesquisadores do Cidade Inteligente, e o primeiro aquataxi elétrico da América Latina, que servirá de modelo para estudos de substituição da frota de todos os taxis aquáticos convencionais de Búzios, muito utilizados pela população e turistas, por elétricos. O modelo foi totalmente desenvolvido com tecnologia nacional em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cidade Inteligente O projeto Cidade Inteligente Búzios consiste, especialmente, na pesquisa e desenvolvimento de redes inteligentes de distribuição de energia elétrica. O objetivo da Ampla é transformar o município em referência em sustentabilidade e consumo eficiente de energia elétrica no Brasil e na América Latina. A cidade já conta com medidores inteligentes de consumo de energia, um posto de recarga para veículos elétricos, chuveiros eficientes e geração de energia renovável – solar e eólica -, além de luminárias de LED com pontos de luz telecomandados. Dispõe, ainda, de rede de wifi gratuita na Rua das Pedras e um posto de coleta de lixo reciclável do projeto Consciência EcoAmpla. Para conscientizar os moradores de Búzios da importância ambiental, econômica e social do projeto, a Ampla montou uma rede de relacionamento que envolve hotéis, pousadas, comércio, escolas e associações de moradores. A distribuidora também realiza oficinas em escolas públicas e cursos de capacitação e gerenciamento do consumo elétrico. Fonte: Rio Capital da Energia
Cadê Amarildo?
Finalmente, após quase três meses, foi decretada a prisão dos possíveis 10 mandantes e autores do assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo. Ainda há um longo caminho a percorrer e a vigília pela punição exemplar deve continuar até o encarceramento definitivo de seus autores. Que assim seja.
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