Parece
que as manifestações de junho não chegaram às várias assembleias e câmaras legislativas
Brasil afora. De lá para cá constatamos
várias e absurdas transgressões éticas que, ao que parece, não parecem
incomodar muito nossos representantes.
E
tome de avião da FAB para casamento, caronas para final da Copa das
Confederações, proposta para tirar a palavra ética do código de conduta do
senado federal e, agora, pasmem, a escolha hipócrita de vereadores do Rio de
Janeiro que sequer assinaram o pedido de convocação da CPI dos ônibus, para um
rolo compressor oficial (alô Prefeito Eduardo Paes) a derrubar os anseios da
população.
Será
que esse pessoal está maluco ou pagando para ver o que pode acontecer, não enxergam o quão suicida pode ser tal comportamento? O lógico
não seria que não participassem da CPI aqueles que não assinaram tal pedido por
não acharem importante tal investigação? Mas não, como que a afrontar a inteligência dos cariocas e com receio do
que pode vir a ser descoberto, chegaram, foram eleitos e agora dizem que vão
apurar tudo com rigor. Faz-me rir!
Está
certíssimo o movimento em tocar o rebu que tiver que tocar e não arredar o pé da
“Casa do Povo” enquanto os nobres representantes Chiquinho Brazão, Professor
Uóston, Jorginho da SOS e Renato Moura, não renunciarem.
Sem
quebra-quebra, o movimento mostra maturidade para alcançar, objetivamente,
aquilo que a sociedade espera, merece e tem direito: um transporte público bom e de
qualidade. Afinal, não é para isso que
pagamos impostos? Confira abaixo as propostas.
1 - Anulação da
instalação da CPI dos Ônibus;
2 - Renúncia dos
seguintes parlamentares membros da comissão: Chiquinho Brazão, Jorginho do SOS,
Professor Uóston e Renato Moura;
3 - Participação da CPI
dos Ônibus exclusiva para os vereadores que assinaram a instalação da comissão;
4 - Que o
presidente da CPI seja o vereador proponente, no caso, Eliomar Coelho (PSol);
5 - Que todas as
reuniões sejam programadas e divulgadas com antecedência;
6 - Criação de uma
Comissão Popular Parlamentar;
7 - Reforma do regimento
interno da Câmara para que seja legitimado o protesto e sejam respeitados os
direitos humanos fundamentais;
8 - Anistia dos presos
políticos que foram processados criminalmente nos atos de protesto;
9 - Que a desocupação da
Câmara Municipal ocorra respeitando a integridade física e jurídica dos
manifestantes.
Abraços sustentáveis
Odilon de Barros