Apesar de os EUA afirmarem não estar por trás da
interceptação (para um absurdo interrogatório de nove horas) de David Miranda, companheiro
do jornalista americano Glenn Greenwald, que foi até a Inglaterra com a
passagem paga pelo The Guardian, para se encontrar com pessoas ligadas a Snowden,
tudo leva a crer que nossos amigos do norte não sossegarão enquanto não conseguirem
extraditá-lo (ou matá-lo). E nesse vale-tudo de intimidações, para o
espaço com as leis internacionais.
Atingindo quem se colocar à frente do Império e seus capachos,
como aconteceu recentemente quando do episódio do avião do presidente
boliviano, Evo Morales, proibido de cruzar o espaço aéreo de Portugal, Espanha
e França, agora, diretamente, a vítima é o estado brasileiro, personalizado na
pessoa de um brasileiro simples, David, que tem contra si apenas o fato de ser
namorado do jornalista receptor das informações de Snowden.
Está na hora, portanto, de uma resposta digna de país
soberano. Forte, dura, que estremeça as
relações diplomáticas e faça-os parar para pensar, de verdade que, mesmo sem o
poderio militar inglês ou americano, exigimos respeito.
No fim dos anos 50, logo após a revolução cubana, um certo
senhor barbudo ganhou a admiração e o respeito do mundo ao falar no mesmo tom
com seus vizinhos americanos em prol da
soberania de sua pequena Ilha. Detalhe: a
distância de seu país para a Flórida é de apenas 180 km.
Não acredito ser necessário ir tão longe, mas bem que
poderíamos aproveitar nosso Embaixador Antônio e dizer para que fizesse jus ao
nome.
Keep calm and carry on Sr. Patriota
Abraços sustentáveis
Odilon de Barros