A cidade de Alpinópolis, no interior de Minas Gerais, encontrou um jeito criativo para driblar a falta de coleta seletiva e ainda incentivar a população a reciclar. Através do projeto “Ventania e Cidadania”, os moradores podem levar seus resíduos recicláveis a uma central e trocá-los por vale-compras.
Em entrevista ao site CicloVivo, Carlos Fernando Lemos, gestor local do Bolsa Família, explicou que a iniciativa surgiu em 2011, inspirado pelo exemplo de uma cidade vizinha, que já aplicava um sistema semelhante. Desde então, a população local tem abraçado a ideia e se beneficiado pelo projeto.
A cidade, que conta com quase 19 mil habitantes, arrecada mensalmente através do programa uma média de cinco mil toneladas de materiais recicláveis. Para participar é muito simples. O cidadão precisa apenas levar o lixo reciclável até o posto de coleta e fazer a troca. Quem já leva todos os materiais separados tem direito a um vale maior, mas também é possível entregar todos os resíduos misturados. Os cupons podem ser usados para fazer qualquer tipo de compra mercado localizado na própria central. Os valores dos tickets variam de acordo com o material entregue. Um quilo de alumínio, por exemplo, é trocado por um vale de R$ 2,50, os metais valem R$ 4,50, garrafas PET R$ 0,90 e assim por diante.
Lemos deixa claro que o projeto, coordenado pelo Departamento Municipal de Ação Social, é bancado inteiramente pela prefeitura, que não tem interesse em lucrar com a iniciativa. Todos os resíduos arrecadados são revendidos a uma empresa privada especializada em reciclagem, que se responsabiliza pela gestão e manufatura do lixo.
O município mineiro não possui sistema de coleta seletiva. Portanto, é essencial mobilizar a população para evitar que os materiais recicláveis sejam desperdiçados ou acabem ocupando espaço em aterros sanitários.
Lixo trocado por diversão
Outra forma usada pela prefeitura de Alpinópolis para coletar recicláveis são os eventos conhecidos como “Praça Viva”. Uma vez por mês alguma praça da cidade é transformada em um espaço de lazer e cultura. Como em todas as festas, esta também tem brincadeiras, barracas de comida e muitos brindes. O diferencial é que, ao invés de pagar com dinheiros, os participantes podem pagar as atrações com lixo, no mesmo esquema de troca usado nos vale-compras. Na última edição, realizada no início de maio, o evento arrecadou três toneladas de materiais, durante cinco horas de festa.
Foto: Divulgação
O próximo passo
A gestão adequada de resíduos tem sido uma ferramenta para promover a inclusão social e combater as desigualdades no município. Um projeto em estudo pelo Departamento Municipal de Ação Social, através da diretora Maria Cacília Vilela Santos, pretende usar este sistema também para oferecer alimentação saudável, tendo os recicláveis como moeda de troca.
O projeto foi apelidado de “Cozinha Popular”. A ideia é implantar na cidade um restaurante que ofereça marmitas com baixo custo e que permita que o pagamento seja feito com materiais recicláveis no lugar do dinheiro.Ciclovivo/Utopia Sustentável
Em entrevista ao site CicloVivo, Carlos Fernando Lemos, gestor local do Bolsa Família, explicou que a iniciativa surgiu em 2011, inspirado pelo exemplo de uma cidade vizinha, que já aplicava um sistema semelhante. Desde então, a população local tem abraçado a ideia e se beneficiado pelo projeto.
A cidade, que conta com quase 19 mil habitantes, arrecada mensalmente através do programa uma média de cinco mil toneladas de materiais recicláveis. Para participar é muito simples. O cidadão precisa apenas levar o lixo reciclável até o posto de coleta e fazer a troca. Quem já leva todos os materiais separados tem direito a um vale maior, mas também é possível entregar todos os resíduos misturados. Os cupons podem ser usados para fazer qualquer tipo de compra mercado localizado na própria central. Os valores dos tickets variam de acordo com o material entregue. Um quilo de alumínio, por exemplo, é trocado por um vale de R$ 2,50, os metais valem R$ 4,50, garrafas PET R$ 0,90 e assim por diante.
Lemos deixa claro que o projeto, coordenado pelo Departamento Municipal de Ação Social, é bancado inteiramente pela prefeitura, que não tem interesse em lucrar com a iniciativa. Todos os resíduos arrecadados são revendidos a uma empresa privada especializada em reciclagem, que se responsabiliza pela gestão e manufatura do lixo.
O município mineiro não possui sistema de coleta seletiva. Portanto, é essencial mobilizar a população para evitar que os materiais recicláveis sejam desperdiçados ou acabem ocupando espaço em aterros sanitários.
Lixo trocado por diversão
Outra forma usada pela prefeitura de Alpinópolis para coletar recicláveis são os eventos conhecidos como “Praça Viva”. Uma vez por mês alguma praça da cidade é transformada em um espaço de lazer e cultura. Como em todas as festas, esta também tem brincadeiras, barracas de comida e muitos brindes. O diferencial é que, ao invés de pagar com dinheiros, os participantes podem pagar as atrações com lixo, no mesmo esquema de troca usado nos vale-compras. Na última edição, realizada no início de maio, o evento arrecadou três toneladas de materiais, durante cinco horas de festa.
Foto: Divulgação
A gestão adequada de resíduos tem sido uma ferramenta para promover a inclusão social e combater as desigualdades no município. Um projeto em estudo pelo Departamento Municipal de Ação Social, através da diretora Maria Cacília Vilela Santos, pretende usar este sistema também para oferecer alimentação saudável, tendo os recicláveis como moeda de troca.
O projeto foi apelidado de “Cozinha Popular”. A ideia é implantar na cidade um restaurante que ofereça marmitas com baixo custo e que permita que o pagamento seja feito com materiais recicláveis no lugar do dinheiro.Ciclovivo/Utopia Sustentável
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