Sadiq Khan é o novo prefeito de Londres. Eleito na semana que passou, é um dos sete filhos
de uma família de imigrantes paquistaneses.
Filho de um motorista de ônibus, Khan cresceu em um conjunto
habitacional público e é advogado de direitos humanos. Obteve 1,3 milhão de votos, marca, até então,
insuperável.
Sua eleição pode demonstrar, em breve, o quão equivocadas
estão algumas políticas e abordagens sobre problemas que o mundo atual vem enfrentando.
Pressionada por um plebiscito que decidirá em junho próximo sua
permanência ou não na zona do euro, a Grã-Bretanha está dividida entre o
discurso xenófobo do medo e o de continuar um país multicultural. Disposta a influir decisivamente na disputa, a
população londrina deu a senha para os próximos passos ignorando o discurso midiático
de guerra contra o islã e ousou, apostando tudo contra a banca. Analistas incrédulos afirmam que só o tempo responderá
essa questão. Mas o povo (culto) não é
bobo.
Segundo afirma em artigo Roger Cohen, sua eleição “é
importante pois é uma repreensão aos extremistas de todas as matizes, de Trump
a Abu Bakr al-Baghdadi, e Khan está
preparado para isso”, finalizou.
Imaginei Khan visitando nossas escolas no interior do
Maranhão, nossas UPA’s na Baixada e os brasileirinhos que vivem em guetos nas favelas.
Que contraste. Imaginei se seria possível um negro favelado
alçar esse mesmo voo aqui, onde temos uma elite retrógrada e reacionária, com
ranço escravagista.
Lá, diferente de cá, o discurso midiático do medo não venceu
a esperança. Londrinos acreditaram, de
verdade, na possibilidade de que um Planeta sem fronteiras e multifacetado é
possível. Avessos ao ódio obtuso
acreditaram, também, em um país mais justo e menos egoísta.
Nada disso, porém, seria possível sem o investimento maciço,
sem descriminação, em educação. Que os
ventos soprem para essas bandas tupiniquins.
Boa sorte Sadiq Khan
Abraços Sustentáveis
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