Por mais cretino, tendencioso e
parcial que seja o veículo jornalístico – e a Rede Globo tem esse padrão -,
profissionais que trabalham na emissora cobrindo eventos políticos e
manifestações de rua, têm pagado o pato pela irresponsabilidade de seus
patrões, afinal, jornalismo marrom, a gente vê por ali.
Não é de hoje que o jornalismo
brasileiro atua de acordo com os interesses de seus donos, e dane-se a
informação imparcial para a sociedade.
Já em 64, ano do Golpe Militar, a Rede Globo foi o apoio de primeira
hora dos militares. Cinquenta anos
depois reconheceram oficialmente o erro de tal ação, o que não diminuiu sua culpa indireta para um considerável número de mortes
nos porões da ditadura.
Observando-se os acontecimentos
de sua cobertura jornalística na questão do impeachment da presidente Dilma, verifica-se que o
mesmo fora feito apenas da boca para fora. Falso. E, tal qual um vício, onde as recaídas são sempre mais fortes que a anterior, a emissora do Plin Plin deixou-se
mostrar ao país o caráter golpista que nunca perdeu, manipulando informações e a opinião pública ao bel prazer de seus interesses.
Só que estamos no século XXI, onde a informação têm velocidade
supersônica, fazendo fatos ocorridos virarem notícia quase ao mesmo tempo em que ocorreram. As novas tecnologias nos transformaram a
todos em repórteres.
E, não bastasse o nós contra
eles, incentivado criminosamente pela grande mídia, passamos a perceber um
outro inimigo além de coxinhas e petralhas nas manifestações: o jornalista, principalmente se for
da Globo. Apenas depois da votação do
impeachment, assistimos agressões verbais e físicas aos repórteres globais
Mayara Teixeira, Zileide Silva, Roberto Kovalick, Marco Antonio Gonçalves,
Gabriel Prado e Nilson Modesto.
Mas o caso mais intrigante e
preocupante ocorreu dia 19, na cobertura da desocupação das escolas em São Paulo. O cinegrafista Marcelo Campos, da Globo, filmava policiais
militares paulistas agredindo estudantes quando, por trás, foi atingido violentamente por um
PM. Por quê? Porque a emissora, temerosa de ser
identificada em eventos, passou a mandar seus profissionais sem qualquer identificação. Ou então, se a previsão for de muita gente,
filmar de cima, com helicóptero ou drone.
Com isso, tais profissionais viraram alvo de policiais que pensam
tratar-se de repórteres “free” trabalhando para os movimentos. Tudo errado.
Aí, destacamos: é descabido e
absurdo o uso da força pelo Estado para inibir manifestações pacíficas e
democráticas; por mais que exista um descontentamento da população com as
empresas de comunicação e, em especial, com a Rede Globo, os profissionais que
lá trabalham devem ter garantido o direito de livre circular e realizar o seu
trabalho. Que o descontentamento seja
demonstrado ( e esse também é um direito da sociedade) à emissora com boicotes,
faixas, campanhas inteligentes na porta de sua sede, é do jogo democrático.
A frase do repórter no exato
momento que tomou com o cassetete da polícia nas costas... “Pô meu, eu sou da
Globo”, retrata bem o perigo que ronda esses profissionais. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Plin
Plin.
Abraços Sustentáveis
Nenhum comentário:
Postar um comentário