As fábricas chinesas querem ser mais verdes e mais
eficientes no seu desenvolvimento futuro devido à crescente pressão na
procura de recursos e aos custos energéticos, disse o vice-presidente do
ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, Su Bo, durante uma feira
industrial em Shangai.
“70% das cidades chinesas não conseguem atingir o novo padrão definido para a qualidade do ar”, evidenciou o alto funcionário do ministério, explicando que o “crescimento verde e de baixo carbono será a direção do futuro desenvolvimento do setor manufatureiro de produtos de gama alta”. Este setor é “grande mas não é forte”, segundo Hu Chunmin, um investigador do Centro de Informação do Desenvolvimento Industrial, que diz que a taxa de utilização da capacidade está abaixo dos 75% na China - significando que mais de um quarto da capacidade industrial está inativa. A procura de novas tecnologias para o setor e o encorajamento das grandes empresas à internacionalização para uma maior presença na cadeia global de valor serão esforços futuros, segundo Su Bo. “A China está na transição de uma ´fábrica manufatureira` para uma ´potencia manufatureira` por estar focada em produzir produtos de valor em vez de produtos de baixo custo”, disse o presidente do setor industrial chinês da Siemens, Marc Wucherer, acrescentado que as empresas do setor devem considerar a eficiência energética primeiramente ao nível dos equipamentos. A China contribui 20% para o total de produção industrial mundial, de acordo com o Centro de Informação do Desenvolvimento Industrial, e emprega 100 milhões de trabalhadores neste setor. |