Você sabia que 72,3% do valor da sua bicicleta é imposto? Esse dado
assustador é parte de um estudo realizado por uma consultoria para a rede
Bicicleta para Todos. Foi assim dada a largada em uma corrida contra os altos
impostos aplicados sobre esse tipo de modal: a rede Bicicleta para Todos conta, já no
início de sua operação, com mais de 120 entidades e empresas que buscam ampliar
o acesso de brasileiros à bicicleta, seja como meio de transporte, lazer ou
prática esportiva.
Os números falam por si: o Brasil é o 3º maior produtor de bicicletas no
mundo, perdendo apenas para a China e para a Índia. Mas quando os dados vão
para o consumo per capita, a queda é brusca. Vamos para a 22ª colocação, o que
significa um mercado emergente e um potencial de crescimento enorme. Mas esse
crescimento é claramente prejudicado pela alta incidência de impostos, que
recai principalmente em brasileiros que têm renda familiar de até R$600 – um
terço dos que utilizam a bicicleta como meio de transporte no Brasil.
As saídas existem e não são tão distante daquelas que já são aplicadas
aos automóveis, por exemplo. A isenção do IPI (Imposto sobre produtos
industrializados) para bicicletas, elevaria o consumo formal de bicicleta em
11%. Isto significaria mais bicicletas nas ruas, mais qualidade de vida, menos
congestionamentos e, ainda, maior arrecadação para os cofres públicos.
Colabore com a mobilidade urbana de sua cidade: repense seus hábitos,
cobre seus direitos e saia pedalando por aí!* Publicado originalmente no site Greenpeace. Por Danielle Bambace