Estamos preparados
para o gás de xisto e o pré-sal?
Anuncia-se que em novembro vão
a leilão áreas brasileiras onde se pretende explorar o gás de xisto, da mesma
forma que estão sendo leiloadas áreas do pré-sal para exploração de petróleo no
mar. Deveríamos ser prudentes nas duas direções. No pré-sal, não se conhecem
suficientemente possíveis consequências de exploração em áreas profundas. No
caso do xisto, em vários países já há proibições de exploração ou restrições,
por causa das consequências, na sua volta à superfície, da água e de insumos
químicos injetados no solo para “fraturar” as camadas de rocha onde se encontra
o gás a ser liberado. Mas as razões financeiras, em ambos os casos, são muito
fortes e estão prevalecendo em vários lugares, principalmente nos Estados
Unidos.
No
Brasil, onde a tecnologia para o fraturamento de rochas ainda vai começar a ser
utilizada, há um questionamento forte da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências, que, em carta à
presidente da República (5/8), manifestaram sua preocupação com esse leilão
para campos de gás em bacias sedimentares. Nestas, diz a carta, agências dos
EUA divulgaram que o Brasil teria reservas de 7,35 trilhões de metros cúbicos
em bacias no Paraná, no Parnaíba, no Solimões, no Amazonas, no Recôncavo Baiano
e no São Francisco. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que as reservas
podem ser o dobro disso. Mas, segundo a SBPC e a ANP, falta “conhecimento das
características petrográficas, estruturais e geomecânicas” consideradas nesses
cálculos, que poderão influir “decisivamente na economicidade de sua
exploração”. Por Washington Novaes
Resíduos
que matam
No espaço desta coluna temos
destacado, com alguma frequência, a importância do tratamento adequado aos
nossos resíduos. Com a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos prestes a completar
sua total implementação, assim esperamos que ocorra em 2014, ainda somos
surpreendidos por situações bastante alarmantes.
Este é o mínimo que podemos
dizer quando nos chegam informações como as divulgadas pela ABRELPE –
Associação Brasileira Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais – sobre a situação dos resíduos gerados pelos serviços de
saúde (os chamados RSS).
Segundo
dados apurados pela entidade, cerca de 40% das 244 mil toneladas de resíduos
gerados pelo setor em 2012, tiveram destinação inadequada. Por Reinaldo Canto
Cadê Amarildo?
Faz 72 dias que Amarildo foi
levado para a UPP da Rocinha por policiais militares e de lá desapareceu.
Até agora ninguém se
pronunciou. Com a palavra o Governador
Sérgio Cabral.