quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Fly Emirates curtindo Sony. Elas são bons exemplos de empresas a seguir



Uma notícia, propositadamente ou não, passou despercebida da grande mídia televisa, impressa, radiofônica e digital: recentemente as empresas Fly Emirates e Sony, anunciaram que não renovarão seus contratos (milionários) com a FIFA.  A alegação escondida atrás da desculpa é que as empresas estão passando por readequações em seus investimentos publicitários, o que não é verdade. 

O fato é que, a partir dos escândalos de compra de votos para as Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Qatar, sob a batuta, sempre cega, da entidade maior do futebol, a FIFA, gigantes que antes não se preocupavam com imagem agora começam a ouvir seus clientes.  E quando esses resolvem boicotar empresas envolvidas em corrupção...sai de baixo.

A verdade é que a entidade começa a dar incômodos sinais de que está preocupada com a imagem de corrupta que começa a colar em sua marca.  Há pouco mais de dois meses mandou presidentes de federações nacionais, mundo afora, devolver os “relógios-brindes” que custaram US$ 16 mil dados pela CBF na Copa do Mundo e, agora, preocupada com uma investigação-farsa no caso das sedes, solicitou ao Tribunal de Justiça suíço, que apurasse o caso.  Não bastasse a entidade estar localizada no país considerado a maior lavanderia de dinheiro sujo do mundo, a Suíça, e ter como presidente a figura asquerosa de Joseph Blatter, qualquer resultado que não casse as duas próximas sedes, será considerado fracasso.




Bem que a moda podia chegar a essas lindas terras tupiniquins.  Por aqui, a poderosa Rede Globo de Televisão, como a comandar cordeirinhos que não pensam, parece pouco se importar com sua imagem.  Responsável pelo patrocínio exclusivo dos campeonatos de futebol das Séries A e B, organizado pela CBF, o que em outras palavras significa que sem ela muito provavelmente não haveria campeonato, a Globo, líder em audiência, jamais cobrou da CBF a modernização de seu estatuto visando tornar a entidade máxima do futebol mais democrática e plural, jamais deu força para evitar as costumeiras viradas de mesa que nos desmoralizam, interna e externamente.

Amiga do Poder, sempre, assistimos Ricardo Teixeira e João Havelange serem expelidos da CBF e FIFA, sem que sequer tenhamos visto matérias ou entrevistas aprofundadas sobre os motivos que levaram a esse desfecho.  Mais, como em um jogo de cartas marcadas, seus substitutos, Marin, colaborador da ditadura e colecionador de medalhinhas alheias, e Del Nero, atual e futuro presidente da CBF, sucederam o ex-presidente sem que a (vassala) mídia global fosse capaz de aproveitar o momento e propor mudanças. 

O resultado de tantos desatinos foi o maior mico do século do futebol.  O inesquecível vexame dos 7 a 1.  Como se não existisse imprensa, depois de tudo isso, volta Dunga.  Bem, agora só falta quebrarmos o tabu de sermos, ainda, o único país que participou de todas as Copas.

Como o Povo não é bobo, essa é a Globo, parceira do Poder.  Até que os clientes de seus anunciantes descubram a força que têm. 

Abraços Sustentáveis


Odilon de Barros

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