Tivesse um pouco de vergonha na
cara, Henrique Meireles entregaria, hoje, sua carta de demissão a Temer.
Tivéssemos um pouco de vergonha
na cara, nossa sociedade não sairia das ruas enquanto não visse revogados todos
os atos aprovados na data de ontem.
Infelizmente nenhum dos dois atos
assistiremos, mas uma coisa é certa: o governo interino acabou ontem com a
aprovação de 14 projetos de lei, um pacote de bondades que juntos somam, por
baixo, R$ 58 bilhões.
Aumentos generalizados a 38
carreiras de Estado, gratificações de desempenho a inativos, incorporação de
servidores cedidos, sem concurso, com ganhos reais de 400%, e criação de 11,5
mil empregos quando o interino havia prometido fechar 4 mil cargos comissionados
(dados do blog de Josias de Souza).
Escárnio!!!
Cinismo, compra indireta de
apoio, discursos dúbios e hipócritas, certeza que a patuleia não tem por hábito
a cobrança ou tudo junto e misturado?
Esse verdadeiro swing do
Executivo com o Judiciário e o Legislativo, regado a dinheiro público, tendo
como “Puta” a sociedade brasileira, ocorre exatos sete dias após discurso
reverberado pela mídia feito pelo (futuro–ex) Ministro da Fazenda, que afirmou
com todas as letras ser necessário um duro ajuste fiscal, remédio amargo para
equilibrar os gastos. Pura cascata.
Não vi, também, nenhum editorial
da grande mídia chamar de irresponsáveis tais medidas. Alô Miriam Leitão, alô
Merval, alô Regina Aloprada, cadê vocês e o jornalismo imparcial da Globo? Alô
Folha, Estadão e Veja. Cambada de paus-mandados!!!
Com tudo isso, impossível negar o
entrelaçamento dos vários atores envolvidos na conspiração para retirada do poder de uma presidenta eleita com 54 milhões de votos. Triste povo, triste
país que não consegue se desvencilhar das amarras retrógradas de um passado que
nunca acaba. Tenho pena de nossos filhos
e netos que vivem - parafraseando Marcelo Rubens Paiva - nessa merda. Nossas oligarquias são o que de pior pode
existir.
Desculpem, mas era preciso amainar a raiva e desopilar
o fígado.
Ah, esqueci, Fora Temer!!!
Abraços Sustentáveis
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