Recentemente (e sem a devida autorização), a rede social
Facebook, realizou pesquisa psicológica com 689.003 de seus usuários. Tal trabalho, por meio de filtros impostos
pela empresa, visava comprovar que “emoções expressadas por amigos, via redes,
influenciam nosso humor”.
Utopia, exigir de Mark Zuckerberg ética,
limites, respeitar a privacidade alheia, saber que a internet, a rede, somos
nós, e que esse “nós” em um movimento brusco, conjunto, por desconfiança, pode
migrar e se deslocar para outros endereços. O Orkut, que tem seu fim
previsto para setembro próximo, é um bom exemplo da ascensão e queda de
poderosos.
Do alto da prepotência de suas riquezas inesperadas, os
caciques do Facebook não enxergam que a velocidade da internet, o céu e o
inferno, podem estar separados por apenas um clique. É chegada a
hora de equilibrar esse jogo de poder e respeito. A internet já provou
ser capaz de organizar milhões de pessoas, aconteceu por aqui ano
passado. Destronou ditadores há décadas no poder no mundo árabe e fez
virar pó o valor de companhias tidas como inquebráveis. Enfim, Sr. Mark
Zuckerberg, é bom não subestimar a rede.
O antídoto para se fazer respeitado por empresas
socialmente irresponsáveis e antiéticas, pode ser utilizar seu veneno (os
usuários) como vacina. Eles podem até duvidar de nossa capacidade de
mobilização, mas certamente saberão contabilizar os prejuízos que poderemos
lhes causar. Não custa nada acreditar.
Abraços sustentáveis
Odilon de Barros