A cada dia que passa somos surpreendidos com fatos políticos
inimagináveis. A cada dia que passa outros fatos igualmente inimagináveis são
superados por outros igualmente absurdos, mas superiores na audácia e grandeza dos
anteriores. Desnecessário desenhar pois
todos sabem que esse é o Brasil de Temer, Renan, Jucá, Padilha, Moreira e,
lógico, Gedel, uma versão mal acabada e menos inteligente de ACM.
Tal qual o executivo é o legislativo. No Congresso, deputados e senadores, alheios à
agonia das instituições e ao delicado momento do país, esfacelado ética e
moralmente, parecem se superar na tentativa de aprovar leis que os salvem do
olho do furacão que se avizinha. E
dane-se a sociedade.
O Judiciário segue a mesma trilha, ao invés de guardar a constituição-cidadã
de 1988, ignorando pressões externas, se alia a uma inexistente governabilidade
contra a sociedade. Inútil correr aos
botes, naufragaremos todos.
Resultado: nesse voo de galinha iniciado a partir da
aprovação irresponsável de um impeachment arranjado nos porões traíras do
Jaburu, nossas elites imaginaram poder fabricar governabilidade com uma plataforma
que não elegeria prefeito nem João Gordo da querida cidadezinha de Bocaina de
Minas.
E apesar de todo apoio midiático, a grande ave de rapina do
usurpador-chefe não sai do chão, continua empacada. Estados, municípios, desempregados, números a
cada mês piores. É o país entrando em
ebulição.
Mesmo contando com a inércia de uma sociedade pacata que não
lhes chuta o traseiro, nem exige mudanças, uma tal de delação da Odebrecht
ameaça a paz de Banânia.
É chegada a hora desse castelo de areias ruir,
integralmente. Inimaginável pensar que o
“status quo” reinante se sustente como está até 2018. Como o pior cego é aquele que não quer ver,
protelar essa situação pode ser perigoso, irresponsável. Quiçá até criminoso em um futuro
próximo. Seria de bom tom um pacto por
uma reforma política de verdade ou uma constituinte exclusiva. Pelo Brasil.
A velocidade e o tamanho da dor a que estaremos submetidos caso
isso não ocorra, dependerá da mobilização de nossa sociedade. Às ruas meu povo.
Abraços Sustentáveis
Odilon de Barros
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