Com base na delação da cúpula da
Construtora Andrade  Gutierrez, já
homologada pela justiça, o ex-governador Sérgio Cabral amealhou verdadeira
fortuna com o chamado “legado olímpico”. 
É possível que tenha entendido que o legado era próprio.  É que segundo os colaboradores, Cabral
cobrava 5% das empreiteiras participantes dos consórcios. 
Segundo Rogério de Sá e Clóvis
Primo, além das obras do Maracanã, terraplenagem do Complexo do Comperj, Arco
Metropolitano e a urbanização de favelas em Manguinhos, Cabral recebia, ainda,
como adiantamentos por obras futuras mesada de R$350 mil, nada mal.  Ele se diz indignado.  E nós “PÊ”da vida, governador.
Observando o movimento de
ocupação das escolas públicas do Rio de Janeiro, promovido inicialmente pelos
estudantes do Colégio Mendes de Moraes, em 21 de março, impossível não ligar o
fato à penúria que passa a educação de nosso Estado.  
Hoje, passados cinquenta e seis
dias e 83 unidades ocupadas, é forçoso admitir que as várias pautas reivindicativas
seriam plenamente alcançáveis e nada absurdas de serem cumpridas caso o
dinheiro supostamente surrupiado pelo guloso ex-governador estivesse no caixa
daquela Secretaria de Estado.
O lado bom disso tudo é que os
jovens, escaldados por junho de 2013, começam a arregaçar as mangas e,
democraticamente, atuar de forma decisiva na resolução de seus problemas. Da
forma mais primitiva de fazer política, estão indo à luta  sem esperar partidos, entidades de classe, sindicatos,
ONGs, ninguém.  O fato pode não parecer,
mas é de um simbolismo importante.  O movimento
de ocupação de escolas, que está se alastrando além-fronteiras tupiniquins
chegando ao Paraguai, pode ser um sinal dos tempos.  Demonstra, também, o cansaço e o esgotamento
do sistema atual na resolução de problemas. 
E faz o poder colocar as barbas de molho.  Quem dera servisse como ponto de partida para
tantas outras reivindicações Brasil afora. 
Por aqui fica a torcida para que
um tal juiz Moro, tão atuante até o último dia 17 de maio, reapareça e volte a
distribuir convites vip’s para a bela e aconchegante capital paranaense.  Temos a certeza de que, mesmo tendo uma
quedinha por Paris, nosso requintado ex-governador ia adorar conhecer Curitiba.
Abraços Sustentáveis

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