Não tenho qualquer religião, tampouco acredito em Deus, porém, respeito a opção de todos por seus credos e crenças. Digo isso porque acabo de ler o documento da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e digo, com nostalgia: mesmo com sua óbvia visão cristã, é digno de integrar qualquer estatuto de partido político no Brasil. Por sua clareza e opção em prol dos interesses maiores de nossa sociedade. Vale a pena ler, debater e fazer chegar aos nossos políticos para que adotem tais práticas caso cheguem ao poder. Ah, esqueci, a nostalgia, quem ler vai se lembrar de nosso passado recente.
Abraços sustentáveis
Odilon de Barros
...Se quisermos saber para quem
um governo trabalha, temos
de examinar para onde estão indo os recursos. Atualmente,
eles são destinados em primeiro lugar para o pagamento da
dívida pública e de seus juros. Em 2013, quase metade do
orçamento público (40%) foi destinado para os juros,
amortização e rolagem da dívida, enquanto que menos de 5%
foi para a saúde e menos de 4% para a educação.
de examinar para onde estão indo os recursos. Atualmente,
eles são destinados em primeiro lugar para o pagamento da
dívida pública e de seus juros. Em 2013, quase metade do
orçamento público (40%) foi destinado para os juros,
amortização e rolagem da dívida, enquanto que menos de 5%
foi para a saúde e menos de 4% para a educação.
Este “sistema da dívida” é o
grande devorador dos recursos
públicos. É o maior gasto do
governo, e faz com que faltem
recursos para o transporte, a
saúde, a educação, o saneamento
básico e outras políticas
sociais.
...No Brasil, os detentores do
poder econômico e a mídia
que ecoa os pensamentos desse
setor, constroem a visão,
estereotipada, de que o Estado
tem que primeiro atender seus
interesses. No “economês”, isso
se chama Superávit Primário.
Ou seja, garantir primeiro o
pagamento da dívida e só destinar
o que sobrar para os
investimentos em educação, saúde,
previdência...
...Cada vez mais, sentimos que a
violência nos invade
e nos atemoriza. Vivemos cercados
por ela, e buscamos
salvaguardas. Colocamos câmeras,
cercas eletrificadas, não
saímos à noite... Os mais ricos
se trancam em condomínios
fechados, nos quais acreditam
estar livres tanto da violência
física como da violência de ver
os pobres e estar com eles.
E quando a mídia e alguns experts
analisam a violência,
jogam a solução no aparato
policial de repressão, de escuta
e prisão, de aumento dos
armamentos. Nada mais infrutífero!