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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Frequentar parques e florestas faz bem à saúde

Mirante_Cartao_postal_Ernesto_V_CastroA receita é de especialistas. Segundo eles, o contato com a natureza afasta o estresse, revigora as energias e melhora a qualidade de vida das pessoas.

Caos urbano, rush, correria. O relógio conspira contra o tempo, insuficiente para que as pessoas possam cumprir todos os compromissos do dia a dia, seja trabalhador, mãe, estudante. As consequências de tanta agitação aparecem em forma de doenças da modernidade, como estresse, ansiedade, pânico, depressão ou, mesmo, obesidade.
O ritmo do ser humano na chamada sociedade moderna, trabalhando muitas horas por dia, submetendo-se a uma alimentação menos natural, compromete a qualidade de vida. Mas, o que aconteceria se as pessoas optassem por passar parte do dia, principalmente nas folgas de fins de semana, em contato direto com a natureza?
Caminhadas em grupo renovam energias Parna de BSBSó há uma certeza: quando mergulham em uma floresta, as pessoas relaxam e se aproximam do estado de bem estar. A natureza, por meio de seus estímulos visuais, sons e cheiros, tem o poder de acalmar a todos. Basta um tempo em ambiente natural para que mente, corpo e alma se sintam revitalizados.
O Brasil conta com vários locais para relaxamento na natureza. Os mais propícios são as chamadas unidades de conservação (UCs), berçários de biodiversidade. Mais conhecidas popularmente como parques e reservas naturais, elas se espalham pelos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Marinho/Costeiro.
Ao todo, são 325 áreas protegidas por lei federal, geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Juntas, somam mais de 76 milhões de hectares. O número de visitantes nas UCs cresce a cada ano. No último ranking divulgado, o Brasil saiu de um patamar de quase 3 milhões de visitantes em 2007 para mais de sete milhões em 2015. Clique aqui para conferir os dados sobre o aumento de visitantes nos parques e outras unidades de conservação.
E, como não poderia deixar de ser, toda essa riqueza natural preservada promove a melhoria da saúde humana. O conceito de floresta ou, no geral, natureza como instrumento de terapia e de prevenção a doenças ganha aliados mundo afora.
Ser humano: miniatura do mundo natural
Para Aristein Woo, filho de Mestre Woo e médico da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal (GDF), responsável técnico pelas aulas de tai chi chuan ministradas há anos na Praça da Harmonia, em Brasília, a filosofia e as práticas de saúde da medicina tradicional chinesas consideram o ser humano como uma miniatura do mundo natural.
Visitante do Parna de BSB fazendo tai chi chuan1“Vários pontos de acupuntura têm nomes de rios, lagos e montanhas, por exemplo. Os elementos da natureza, como calor, frio, secura, umidade, também tem seus correspondentes no nosso organismo e, nos desequilíbrios, são causadores de doenças. O organismo (microuniverso) e a natureza devem estar em harmonia. A humanidade doente acaba por adoecer a natureza, e, por outro lado, a natureza “adoentada” é prejudicial ao homem”, frisa Aristein.
Segundo ele, tudo que é vivo tem energia da vida e essa energia nutre a saúde humana, fortalecendo-a para que o homem resista às doenças, bem como promove a recuperação do corpo. “Concreto, cimento, prédios, carros, são estruturas não-vivas, ou seja, destituídas dessa energia. Os sadios precisam de ter mais contato com a natureza para promover a sua saúde. Os doentes precisam disso também, para recuperá-la”, explica o médico e professor de tai chi.
Como exemplo, Aristein cita um caso simples. “Um paciente asmático, que vive num grande centro urbano, sujeito à poluição e ansiedade – dois agentes desencadeadores de crises – tem mais saúde se puder estar próximo da natureza, no campo, onde o ar é mais puro e a vida, mais tranquila”, explica ele.
Para o médico, o ser humano toma contato com o mundo exterior por meio de seus cinco sentidos (visão, paladar, olfato, tato e audição). “Somos seres necessariamente gregários e interagimos com os outros ao nosso redor por meio da fala, da comunicação, mas o mundo atual nos oprime emocionalmente”.
No livro sagrado do taoismo Tao Te Ching, se diz que “as cinco cores cegam a visão”. Segundo Aristein, na vida urbana moderna somos constantemente bombardeados por cores, formas e luzes, que se alternam alucinadamente.
“Muitos desses estímulos não tem um sentido próprio, diferente da realidade primitiva, quando havia um equilíbrio yin-yang entre a luminosidade do dia, relacionada à atividade; e a obscuridade noturna, relacionada ao repouso”, afirma ele.
Contra o estresse, a volta à natureza
Conectividade do homem com a naturez apor meio das águas do Parna de BSB 21A quantidade da comunicação se ampliou enormemente, mas a qualidade tornou-se preocupante. “Grande parte da nossa comunicação se dá onde passamos a maior parte do nosso período ativo do dia – no trabalho. E lá, o foco da comunicação tem sido a produtividade. Há cobranças, competitividade, permeando diversos momentos. O estresse gerado acaba por contaminar nosso diálogo com aqueles que nos são mais queridos”, frisa Aristein.
Daí que a volta à natureza, ainda que não seja possível de maneira integral, permite às pessoas “aterrar”, estabilizar nossa mente, contemplar a vastidão do universo e a excessiva importância que damos a coisas menores do dia-a-dia.
“Podemos ver o horizonte livre, nos tons harmoniosos da natureza. Podemos ouvir o silêncio em sua riqueza de ensinamentos. Aprendemos a ouvir o nosso corpo, a regular a nossa respiração, a ouvir a nossa voz interior. Esta, com certeza, é uma grande necessidade do homem moderno”, diz Aristein.
Para Jane Borralho Gama, psicóloga clínica da linha junguiana em Brasília, a psicologia considera o homem um componente da complexidade do que seja a natureza. “A nossa vida está sob uma crescente necessidade de ações, na qual temos, a todo instante, que tomarmos significativas decisões. Nós vivemos em cidades, onde estamos constantemente sob tensão do tempo, em um ir e vir sob fortes ruídos e imagens que fazem com que haja uma desconexão de nós mesmos”, afirma ela.
Segundo a especialista, quando a pessoa se encontra sob forte tensão emocional, comprometendo seu estado de equilíbrio psicológico, de modo a interferir no trabalho, nas relações afetivas, os psicoterapeutas podem recomendar um afastamento do paciente.
VistaPedraDaMacela ThiagoRabello“Esse afastamento tem por objetivo favorecer um estado de introspecção, de observação de si mesmo, de modo a promover uma organização das ideias, dos sentimentos. E, nesse sentido, o contato com a natureza é sempre recomendado, exatamente porque favorece esse estado de silêncio, de maior percepção e integração de si mesmo”, explica a terapeuta.
Como a natureza é viva, o contato diário oferece uma identidade na condição de humanidade. “Ela nos propicia um olhar permanente sob nós mesmos. Podemos pensar a vida, como faziam e ainda fazem os filósofos, e nos proporcionar um bem viver”, relembra Jane.
Ainda de acordo com ela, há casos comprovados de melhoria em quadros psíquicos de pacientes, a partir do contato com a natureza. “Em quadros de estresse, por exemplo, na psicologia clínica evidenciamos que o melhor a fazer é o paciente se dispor a essa integração com ambientes que propiciem tranquilidade e que possam diminuir o estado de ansiedade, de angústia, pois dessa maneira o paciente pode caminhar na direção de um estado de equilibro com a sua própria natureza humana”, reitera.
Pioneiro na medicina preventiva natural
No Japão, uma cultura conhecida mundialmente pela conexão de seu povo com a natureza, o pesquisador Yoshifumi Miyazaki, co-diretor do Centro para Meio Ambiente e Saúde da Universidade de Chiba, próximo a Tóquio, desenvolve estudos sobre os chamados fitocidas – os aromas dos óleos essenciais das plantas e das árvores das florestas.
Segundo ele, em entrevista à imprensa brasileira, parques, jardins, flores e fitocidas (substâncias produzidas por plantas contra micro-organismos) têm efeitos benéficos nos seres humanos. No Japão, os parques e reservas ganham selo de floresta certificada para tratamento, após análise de sua beleza cênica, biodiversidade e estrutura voltada para receber os visitantes.
Parna Serra dos órgãos Portais de hercules 4 Ernesto V CastroO Japão é o país onde mais se estuda a relação entre saúde e natureza e tem investido fortemente na medicina preventiva, melhorando ainda mais sua excelência em saúde pública. O princípio é básico: se a qualidade de vida da pessoa melhora, e passa pelo contato maior com a natureza, os episódios de adoecimentos tendem a cair. E o governo japonês percebeu que investir na medicina preventiva reduz gastos do sistema público de saúde.
A equipe envolvida na pesquisa de Yoshifumi Miyazaki já promoveu mais de 50 estudos sobre os fitocidas, envolvendo cerca de 600 voluntários. Os resultados saltam aos olhos. Pessoas com problemas de saúde, como pressão arterial alta, após terem contato com a floresta, registram uma redução de 16% do hormônio do estresse, de 2% na pressão arterial, de 4% na frequência cardíaca e um aumento de mais de 100% das atividades do sistema nervoso parassimpático – que mede o nível de relaxamento.
Segundo o professor Miyazaki, o ser humano passou 99,99% de seus cinco milhões de anos de evolução como primata em meio à natureza. “O corpo humano foi feito para se adaptar à natureza. Estamos em essência conectados a ela”, reforça o pesquisador.
Outros estudos desenvolvidos em países como Holanda, Reino Unido e Japão revelaram que, ao entrar em contato com o ambiente natural, o corpo logo responde, de forma sutil, com pressão mais baixa e maiores níveis de glóbulos brancos, responsáveis pelas defesas do organismo.
Ecologia Profunda
Para o filósofo e mentor da teoria da Ecologia Profunda, Arne Næss (1912-2009), em um nível superficial, o homem coloca-se como centro do mundo e quer preservar os rios, o oceano, as florestas e o solo porque são instrumentos do seu próprio bem-estar.
Mas, em um nível mais profundo, o homem pode buscar viver em uma nova civilização, culturalmente solidária, politicamente participativa e ecologicamente consciente. Para Naess, esta ecologia surge do reconhecimento interior da nossa unidade com a natureza.
Segundo sua teoria, a natureza possui valor em si mesma, independentemente da utilidade econômica que tenha para o ser humano. Para ele, o homem é parte inseparável – física, psicológica e espiritualmente – do ambiente em que vive. (Envolverde/UTOPIA SUSTENTÁVEL)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Brasil, bonito por natureza. Até quando?

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Por Antônio Freitas e Ana Tereza Spinola – 
As declarações conjuntas do Brasil e dos Estados Unidos sobre o combate à mudança do clima e os compromissos anunciados pela presidente Dilma Rousseff para mitigar os problemas climáticos brasileiros, no último dia 30 de junho, em Washington (EUA), ainda não são suficientes para colocar o país perto da meta real. Notamos um discurso mais temperado pelo marketing do que pela vontade e viabilidade do cumprimento das promessas em si. Segundo o Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais, as preocupações dos vilões do efeito estufa chegam atrasadas. A Organização das Nações Unidas (ONU) complementa e faz um alerta quanto ao ritmo lento das negociações: se fracassarmos, condenaremos nossos filhos e netos a um caos climático.
Entre as diversas intenções apresentadas no documento, o Brasil pretende, até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, o equivalente a 120 mil quilômetros quadrados, e zerar o desmatamento ilegal em 15 anos. Para especialistas, as metas são frustrantes em termos de grau de urgência. Afinal, vamos demorar 15 anos para garantir que a lei seja cumprida e que o desmatamento ilegal acabe? Isso deveria ser prioridade, ou melhor, nunca deveria ter ocorrido. Em um artigo publicado pela revista americana Science, em 2014, pesquisadores afirmaram que o total de áreas ilegalmente desmatadas que precisam ser recuperadas no Brasil soma 21 milhões de hectares, ou seja, quase o dobro do proposto.
Outros compromissos listados que merecem maior observância são as fontes renováveis, tanto para geração de energia como para biocombustíveis, que devem representar entre 28% e 33% do total de recursos utilizados. Os governos se comprometem também a ampliar as pesquisas nas áreas de energia eólica, solar e biomassa e a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Fora isso, o Brasil também tenciona aumentar a eficiência dos sistemas de infraestrutura de tratamento de água e efluentes; aprimorar as práticas de baixo carbono em terras agrícolas e pastagens; promover novos padrões de tecnologia limpa para a indústria, além de fomentar medidas adicionais de eficiência energética.
Após o anúncio do pacote de bondades climáticas, o próprio governo americano buscava estabelecer com o Brasil um acordo mais ambicioso, que também abrangesse cortes de emissões de carbono. A presidente Dilma, porém, se recusou a oferecer, neste momento, propostas para este tema. Os acordos entre os países visam prepará-los para a Cúpula do Clima, que será realizada em dezembro, na França, e está sendo considerada a última chance de um acordo global para evitar o caos climático. No evento, deve ser assinado o documento que substituirá o Protocolo de Quioto. E, ao que tudo indica, o governo brasileiro não deve se comprometer com os cortes de emissão de gás carbônico.
O Brasil é um dos dez maiores emissores de dióxido de carbono do planeta. Entre 1990 e 2004, o país foi o emissor mais irracional do mundo, com 70% dos lançamentos na atmosfera oriundos da devastação da Amazônia. Todos os anos são desmatados 26 mil quilômetros quadrados da maior floresta tropical do mundo, principalmente para a extração ilegal de madeira e pela agropecuária. Essa destruição tem contribuído com diversos problemas para o país, como, recentemente, a pior crise hídrica da história. No cerrado, a situação também é surpreendentemente preocupante, com a taxa de devastação chegando a 7 mil quilômetros quadrados a cada ano.
Como encorajado pela ONU, neste ano, o mundo tem uma oportunidade única para atuar de forma coletiva e responder ao problema mais urgente de nosso tempo, o sistema climático global, que vem colocando um número cada vez maior de pessoas em risco, sobretudo, as populações mais vulneráveis. De acordo com a ONG Observatório do Clima, a emissão de gás carbônico deve cair 35% no Brasil até 2030 para evitar o caos. Os lançamentos na atmosfera devem se limitar a 1 bilhão de toneladas, meio bilhão a menos do que o praticado atualmente. O objetivo é assegurar que a temperatura global não aumente mais do que dois graus Celsius, o que significaria o colapso de setores econômicos no Brasil e no mundo.
Para garantirmos uma melhor qualidade climática precisamos adotar uma série de ações em diferentes setores. É necessário criar e aplicar leis mais rígidas contra a emissão de poluentes; adotar uma maior fiscalização e punição ao desmatamento ilegal; e incentivar o reflorestamento, para que não aconteça com a Amazônia o mesmo que ocorreu com a Mata Atlântica, que foi destruída quase por completo. Atualmente, restam apenas 7% de sua área original.
No campo logístico, há uma clara viabilidade no Brasil para construir hidrovias, incentivar a cabotagem e, eventualmente, interligar estes sistemas às atuais ferrovias. É possível, inclusive, torná-las eficientes, sem usar recursos públicos, por meio de concessões a empresas privadas qualificadas. A interligação destes três modais melhoraria, substancialmente, a qualidade do ar pela diminuição do dióxido de carbono emitido pelo transporte rodoviário. Além disso, deve-se preconizar a ampliação do transporte público e o estímulo para que as pessoas substituam o transporte individual pelo coletivo ou pelo não motorizado.
Na agropecuária, o objetivo maior seria recuperar 18 milhões de hectares de pastagens degradadas e implementar 3,5 milhões de hectares de integração lavoura-pecuária-floresta, para fazer frente ao crescimento do rebanho, projetado para mais de 260 milhões de cabeças, segundo dados da ONG Observatório do Clima. No setor elétrico, uma proposta seria reduzir a expansão das fontes térmicas de combustível fóssil, e investir mais nas energias solar, de biomassa e eólica. Hoje, cerca de 10% do quadro energético brasileiro tem fonte renovável. Com o compromisso do governo, o potencial atual seria dobrado.
Tão importante quanto as ações práticas, está a incorporação da responsabilidade corporativa e da sustentabilidade nas escolas de negócios e nas empresas. O tema foi recentemente discutido no Fórum Global para Educação Empresarial 2015, realizado em Nova Iorque. Na ocasião, foi reforçado que, por meio dos “Princípios para Educação Empresarial Responsável”, busca-se a formação de líderes de negócios capazes de agir em prol de uma nação mais sustentável e socialmente responsável em um ambiente cada vez mais desafiador.

O Brasil, um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, parece que se conformou com o refrão da música do Jorge Ben Jor, e há décadas vira as costas para as questões ambientais. Como se a riqueza natural desta terra abençoada fosse eterna e/ou o governo já tivesse feito o suficiente pelo desenvolvimento sustentável. O Brasil precisa mudar essa lógica e se espelhar na sua vocação e nos potenciais naturais para se destacar mundialmente na luta ambiental. É preciso, mais do que nunca, avançar com as políticas de clima e aumentar o engajamento dos políticos e da sociedade como um todo em prol de um planeta mais sustentável. Sair das promessas e das ideias no papel e colocá-las em prática no nosso dia a dia. Só assim alcançaremos uma vida melhor para todos nós. (#Envolverde/Utopia Sustentável)

terça-feira, 2 de junho de 2015

As veias abertas da Amazônia


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Pelo menos 43 grandes barragens estão sendo construídas ou planejadas na bacia do rio Tapajós. Localizada próxima a Itaituba, no oeste do Pará, a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, com 8.040 MW de capacidade instalada, seria a maior delas. Entre os inúmeros impactos previstos, o empreendimento alagaria uma área de rica biodiversidade e inundaria parte da terra indígena Sawré Muybu, do povo Munduruku. (Leia mais aqui).
Essa hidrelétrica faz parte de uma corrida do governo pela construção de barragens na Amazônia, considerada a última fronteira para a expansão de geração de energia hidrelétrica no Brasil.
Para Philip Fearnside, pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), a conversão de todos os rios desde o rio Madeira, em Rondônia, – onde foram construídas as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio – para o leste em cadeias de lagos e barragens, como previsto pelo governo a longo prazo, acaba impactando não só a diversidade da fauna e da flora, mas também a população tradicional da Amazônia. “Estamos falando de dois terços da Amazônia onde se está planejando remover toda a população tradicional, ou seja, os ribeirinhos e indígenas que estão há séculos vivendo na beira dos rios e dependem deles para tudo. O impacto humano é enorme e não está sendo levado em conta no momento da tomada de decisão”, afirma ele.
O discurso oficial de que esses novos empreendimentos hidrelétricos levam desenvolvimento econômico e social para suas respectivas regiões caiu por terra depois dos exemplos recentes das usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e da usina de Belo Monte, em fase final de construção no Rio Xingu, no Pará. Quando o rio Madeira teve a maior cheia de sua história em 2014, a força da água que atingiu a cidade de Porto Velho, em Rondônia, foi magnificada pela presença da barragem de Santo Antônio logo a montante da cidade, desalojando milhares de pessoas. Com o rio Madeira bloqueado pelas barragens, os pescadores sofrem com a falta de peixes. A cidade de Altamira, no Pará, também já enfrenta diversos impactos por conta da barragem no rio Xingu, dentre eles o crescimento da violência, prostituição e especulação imobiliária.
Segundo dados do ISA (Instituto Socioambiental), entre 2011 e 2014 o número de assassinatos em Altamira saltou de 48 para 86 casos, enquanto a população cresceu de 100 mil para cerca de 150 mil habitantes. O número de acidentes de trânsito aumentou 144%. A falta de saneamento básico e de condições adequadas de saúde e educação também são uma preocupação para os moradores. Como se não bastasse, pesquisas recentes mostram que as terras indígenas no entorno do empreendimento já estão sofrendo uma explosão de roubo de madeira.
Mesmo diante de tantos problemas, os planos do governo mostram que o aumento da geração de eletricidade no país está baseado principalmente em novas hidrelétricas na região Amazônica. De acordo com o PDE 2023 (Plano Decenal de Energia 2023), quase metade da nova capacidade instalada até 2023 virá de usinas hidrelétricas, sendo que mais de 90% estará na região Norte do país. Trata-se de triplicar a potência instalada dessa região com usinas hidrelétricas em um período de apenas dez anos.
Larissa Rodrigues, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, explica que concentrar a expansão da geração em uma única fonte implica em tornar a matriz de energia elétrica ainda mais suscetível e aumenta a insegurança energética do País. Hoje, os efeitos de um planejamento baseado na geração centralizada e com pouca diversificação de fontes estão refletidos em risco de desabastecimento e contas de luz mais caras para os brasileiros.“O argumento de que novas hidrelétricas na Amazônia são necessárias para garantir a energia para o País não é consistente. Além disso, essa opção não contribui para a diversificação da matriz elétrica, que continuará suscetível ao regime hidrológico”, diz ela.
Em 2001, o Brasil passou pela crise do apagão, quando os reservatórios das hidrelétricas ficaram com apenas cerca de 20% de armazenagem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Agora, mais uma vez isso acontece e os reservatórios chegaram a atingir apenas 16% de armazenagem, tanto em 2014 como em 2015. “Mais hidrelétricas na Amazônia não romperiam com essa lógica, além de provocar graves impactos sociais e ambientais. Isso não faz sentido em um país que pode contar com outras fontes de energia limpas e seguras em abundância como a solar, a eólica e a biomassa, que vem registrando preços de contratação cada vez mais competitivos”, completa Rodrigues.
Além das hidrelétricas serem sensíveis aos efeitos das mudanças climáticas, que estão causando cheias e secas sazonais cada vez mais frequentes e graves, Rodrigues aponta ainda outros problemas: “Hoje, quando os reservatórios das hidrelétricas estão baixos, a energia é compensada pela geração de usinas térmicas, poluentes e caras, e seus custos são repassados para a conta de luz. Além disso, as grandes hidrelétricas estão longe dos centros de consumo, o que gera muitas perdas de energia no transporte. Tudo isso poderia ser melhorado com a diversificação de fontes na matriz e com incentivos para a geração distribuída, aquela que ocorre perto do consumidor final”, explica.
Para o professor Célio Bermann, do IEE (Instituto de Energia e Ambiente) da USP (Universidade de São Paulo), a questão é ainda mais complexa. Ele analisou o consumo setorial de energia elétrica do Brasil e mostrou que 25% do total é consumido pelo cidadão brasileiro em suas residências. A maior parte da eletricidade, cerca de 40%, é utilizada pela indústria e é consumida principalmente pelos setores chamados de eletro-intensivos, ou seja, que consomem uma quantidade enorme de energia.
Muitos desses setores são fabricantes de produtos primários, principalmente destinados a exportação, de alto conteúdo energético e baixo valor agregado, isto é, que geram pouco emprego e renda, tais como o aço, alumínio primário, ferroligas e celulose. Segundo Bermann, “primeiro trata-se de decidir se o crescimento econômico que queremos é realmente esse, de país meramente produtor de bens primários. Depois, temos que considerar o enorme potencial de outras fontes renováveis para gerar energia no País”.
Atualmente, a energia eólica já é uma das fontes mais baratas do País. Enquanto isso, a energia solar já começa a alcançar preços competitivos nos leilões. Em outubro de 2014, as usinas de energia solar foram contratadas por um preço médio de R$ 215/MWh, 20% inferior ao de todas as usinas térmicas contratadas no último leilão de abril de 2015. Além disso, a energia solar tem papel central para estimular a geração distribuída. Há três anos foi permitido ao consumidor brasileiro gerar sua própria energia para obter descontos na conta de luz e desde então cerca de 500 sistemas já foram conectados à rede a partir da instalação de painéis fotovoltaicos instalados nos telhados.
“O custo de usinas tão grandes como as do Tapajós poderia ser investido em outras fontes renováveis, como a solar, a eólica e a biomassa. Continuar apostando em grandes hidrelétricas na Amazônia, com tremendos impactos socioambientais, quando o Brasil é riquíssimo em outros recursos, não pode ter outra explicação que não seja a falta de vontade política”, conclui Rodrigues. ( Greenpeace Brasil/ #Envolverde/Utopia Sustentável)


sexta-feira, 24 de abril de 2015

O que você faria para levar a natureza para os centros urbanos?





O Múrmura é uma plataforma colaborativa para compartilhar ideias e iniciativas transformadoras no espaço urbano. Uma das frentes de atuação de trabalho é por meio de desafios criativos que são lançados constantemente, o último deles é o “Traga a natureza pra cidade”.
Esse projeto busca incentivar a população urbana a levar mais verde para os bairros. “Nosso objetivo é encorajar as pessoas a intervirem na cidade em busca de fazer o cinza virar verde. Queremos despertar a inteligência coletiva e dar escala a ideias simples e transformadoras”.
Para encorajar e inspirar as ações, o grupo já testou na rua três ideias. “Um bom lugar para uma árvore” é iniciativa que pinta esta mesma frase no chão de ruas e avenidas com pouca vegetação. Trata-se de um alerta para a falta de áreas verdes na cidade e é uma ideia adaptada da artista norte-americana Candy Chang.
“Poste-árvore” é o nome de outro projeto desenvolvido para participar do desafio. Como o próprio nome indica, o grupo instalou diversas plantas nos postes e pontos de ônibus. As mudas foram plantadas em vasos e amarradas nas estruturas de concreto. Confira abaixo:
A última das ações foi a “A natureza recarrega”. Com um carrinho, foi projetado um banco de grama na Avenida Presidente Vargas, centro do Rio de Janeiro, com carregadores de celular. Quem passava por ali podia “sentar na grama” para esperar o ônibus passar, completar a carga do celular ou simplesmente descansar.
Este último projeto implantado, como pode ser visto abaixo, mostra que a intervenção urbana voltada para o verde, por menor que seja, já faz uma grande diferença no ambiente urbano.
O grupo convida todos a também colocarem a mão na massa. “Estamos procurando por ações simples, criativas, replicáveis e inspiradoras que despertem em outras pessoas a vontade de fazer também. A qualidade da execução e a apresentação da ideia são importantes, mas o mais importante é que a ideia seja capaz de ser executada em outros lugares também”, afirma o grupo. Confira abaixo o vídeo do desafio:
Este desafio é realizado em parceria com o Zebu, empresa que desenvolve projetos criativos de design e sustentabilidade. Para saber mais sobre como participar, clique aqui.CicloVivo/Utopia Sustentável

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A natureza não negocia: a catástrofe climática está acontecendo agora!


tufao A natureza não negocia: a catástrofe climática está acontecendo agora!
Tufão Hagupit atinge Albay, no sul das Filipinas. O Greenpeace está lá para testemunhar os impactos e chamar atenção para as mudanças climáticas. Foto: © Greenpeace/Alanah Torralba

Enquanto o tufão Hagupit atinge as Filipinas, uma das maiores operações de evacuação em tempos de paz da história foi lançada para prevenir uma repetição das enormes perdas de vidas ocorridas quando o super tufão Haiyan atingiu a mesma área há apenas um ano.
“Uma das maiores evacuações em tempos de paz” é o que tem sido dito sobre esse fato. Mas pergunto: é tempo de paz ou estamos em guerra com a natureza?
Eu estava prestes a ir para Lima, no Peru, quando recebi um telefonema para vir para as Filipinas para apoiar o nosso escritório e seu trabalho em torno do tufão Hagupit (cujo nome significa chicote). Em Lima está em andamento a COP 20, mais uma rodada de reuniões da ONU sobre o clima, com o objetivo de negociar um tratado global para evitar uma mudança climática catastrófica.
Mas essas negociações já acontecem há muito tempo, com urgência insuficiente e nos bastidores. E, não tanto nos bastidores, também ocorre a influência do lobby dos combustíveis fósseis.
Este ano, como no ano passado e no ano anterior, essas negociações ocorrem em um cenário devastador de um chamado “evento climático extremo”, sobre o qual os cientistas do clima há tempos vêm alertando.
Tragicamente, não estamos tomando medidas urgentes. Mas a natureza não negocia, ela responde à nossa intransigência. Para o povo das Filipinas, e em muitas outras partes do mundo, a mudança climática já é uma catástrofe.
Hagupit tmo 2014338 lrg 784x1024 A natureza não negocia: a catástrofe climática está acontecendo agora!
O tufão Hagupit atingiu na noite deste sábado (6) no leste das Filipinas com ventos de até 210 km/h e chuvas fortes que arrancaram árvores, telhados e linhas elétricas. Desde sexta-feira (5), a Cruz Vermelha calcula que um milhão de filipinos foi retirado preventivamente de suas casas. Na foto imagem de satélite da Nasa mostra o tufão Hagupit que atingiu o leste das Filipinas. Foto: Jeff Schmaltz/ NASA/ Fotos Públicas
Há apenas um ano, o super tufão Haiyan matou milhares de pessoas nas Filipinas, deixou as comunidades destruídas e causou bilhões de dólares em danos. Agora, muitos sobreviventes que ainda estão deslocados tiveram que novamente evacuar as tendas onde vivem enquanto o tufão Hagupit esculpe um caminho por todo o país.
É muito cedo para avaliar o impacto até agora – estamos todos esperando que ele poupará as Filipinas da mesma dor que foi vivida após Haiyan.
Aqui em Manila, nos preparamos para viajar para as áreas impactadas, na esteira do tufão Hagupit, ou Ruby, como tem sido chamado. Vamos oferecer a assistência que pudermos e vamos prestar solidariedade ao povo filipino. Queremos chamar a atenção daqueles que são responsáveis pelas mudanças climáticas, aqueles que são responsáveis pela devastação e que deveriam estar ajudando a pagar pela limpeza e pela a adaptação a um mundo em que o nosso clima está se tornando uma fonte crescente de destruição em massa.
É com o coração pesado que nos preparamos para esse testemunho. Nós desafiamos aqueles em Lima a voltar sua atenção da letargia do processo das negociações e prestar atenção ao que está acontecendo no mundo real.
Os chamamos para entender que a mudança climática não é uma ameaça futura a ser negociada, mas um perigo claro e presente que requer ação urgente agora!
Todos os anos, o povo das Filipinas aprende da maneira mais difícil o que a inação sobre as emissões quer dizer. Eles podem estar um pouco mais bem preparados e mais resistentes, mas eles também estão mais horrorizados com o fato de que, a cada ano – ao mesmo tempo -, as reuniões sobre o clima parecem continuar no vácuo. Não estão preparados para tomar medidas significativas, não são capazes de responder à urgência do nosso tempo e não responsabilizam os grandes poluidores que estão causando a mudança do clima com ritmo feroz.
Antes de sair para Manila também recebi uma mensagem do Yeb Sano, comissário do clima para as Filipinas: “Eu espero que você possa se juntar a nós quando dermos o testemunho sobre o impacto deste novo super-tufão. Sua ajuda seria muito valiosa para entregar uma mensagem clara e em bom som para Lima.”
Yeb foi o negociador-chefe Filipino por três anos nas negociações climáticas da ONU e recentemente visitou o Ártico em um navio do Greenpeace para testemunhar o degelo do mar. Dois anos atrás, em Doha, quando o tufão Pablo tirou a vida de muitos, ele rompeu o protocolo normalmente reservado e desapaixonado da diplomacia que domina as negociações do tratado do clima da ONU falando:
“Por favor, deixem que 2012 seja lembrado como o ano em que o mundo encontrou a coragem de assumir a responsabilidade para o futuro que queremos. Eu peço a todos nós aqui, se não formos nós, quem? Se não for agora, então quando? Se não aqui, então onde? ”
Estou reunindo o Greenpeace Filipinas e Yeb para visitar as áreas mais atingidas, documentar a devastação e enviar uma mensagem clara de mudança climática para Lima e o resto do mundo. Os que são responsáveis pela maioria das emissões serão responsabilizados pelas comunidades que estão sofrendo os impactos de eventos climáticos extremos associados às mudanças climáticas.
Vamos chamar os chefes das companhias de combustíveis fósseis que são culpados pela tragédia que se desenrola para que realizem um exame de consciência e aceitem a sua responsabilidade histórica. Diz-se que a verdade é a primeira vítima da guerra e, nesta guerra contra a natureza, a verdade da ciência do clima é inquestionável.**  Greenpeace/Envolverde/Utopia Sustentável.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Com mais consciência social e menor dano ao meio ambiente, Natura cresce




45 300x203 Com mais consciência social e menor dano ao meio ambiente, Natura cresceA Natura, empresa de ponta genuinamente brasileira do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, promoveu encontro em sua fábrica, em São Paulo, para anunciar o início de nova fase de crescimento dos negócios com base não apenas na redução do seu impacto ambiental, mas sim com a perspectiva de gerar uma forte conexão com a sociedade por meio do firme engajamento e integração de seus colaboradores para disseminação de sua cultura e processos.
“A Visão de Sustentabilidade Natura expressa nossa ambição de impactar fortemente todos os âmbitos em que atuamos, desafio que só poderá ser alcançado a partir do contínuo envolvimento e da colaboração de toda a nossa rede de relações”, explica Marcelo Bicalho Behar, diretor de Assuntos Corporativos e Relações Governamentais.
Em 2013, o setor de Higiene e Beleza cresceu 10,6% no Brasil, segundo dados do Sindicato da Indústria de Perfumaria e Artigos de Toucador no Estado de São Paulo e da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Sipatesp/Abihpec). Foi uma expansão tímida em comparação com anos anteriores, já que está diretamente associada à renda disponível dos consumidores.
No caso da Natura, sua participação de mercado sofreu retração de 1,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o saldo de desempenho de suas ações de mercado é positivo em 638%, contados a partir de 2004, quando abriu seu capital. Ainda no ano passado, foram investidos mais de R$ 500 milhões na área de inovação e tecnologia e sua receita líquida atingiu R$ 7 bilhões, cerca de R$ 3 bilhões a mais em relação a 2009.
Desde 2010, os produtos da Natura têm sido desenvolvidos com base em uma calculadora eletrônica de carbono, que possibilita conectar as diferentes áreas da empresa e assim medir com mais precisão o impacto no meio ambiente provocado por escolhas como matéria-prima e design, por exemplo. “Na saída, o setor de desenvolvimento já sabe quanto determinado produto terá influência na cadeia ambiental e pode optar por materiais cujos efeitos sejam menores. No ano seguinte, a linha EKOS conseguiu baixar em 45% as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) com o replanejamento das embalagens e dos cartuchos utilizados”, descreve Keyvan Macedo, Gerente de Sustentabilidade. Este desafio influenciou a criação de um sistema de gestão do tema em todas as etapas dos processos de desenvolvimento, produção e comercialização dos produtos.
Natureza menos agredida
É acentuada a disposição da Natura em cuidar melhor do planeta. O Relatório de 2013 mostra uma redução de emissão de gás carbônico de 33,2%, atingindo assim a meta estabelecida em 2007, quando o Programa Carbono Neutro foi lançado. “Em 2006, para cada kg de produto manufaturado, era gerado o equivalente a 4,18 kg de CO2. Em 2013, este índice caiu para 2,79 kg”, de acordo com o informe. Com números tão animadores, a empresa já estabeleceu outros 33% de redução de emissões para 2020. Dentre as linhas de produtos que mais contribuíram para o resultado estão a EKOS e a Sou, lançada há um ano, que conta com produtos com até 60% de redução de gás estufa.
A calculadora eletrônica também está sendo usada pela companhia para quantificar a geração de resíduos nas principais fases da cadeia de produção, desde o processo fabril até o descarte pelos consumidores. Ainda em 2014, a empresa espera aprimorar mais sua metodologia para medir a pegada hídrica – volume total de água usado durante a produção e consumo – e estruturá-la da melhor forma.
Outra forma de influenciar o estimulo sustentável junto ao consumidor está na inclusão da Tabela Ambiental nos rótulos e interiores das embalagens dos produtos. Inspirada na Tabela Nutricional, os dados remetem a porcentagens de impacto de vários itens da fabricação e do produto em si no meio ambiente.
Ao longo do tempo
O vídeo “Mudanças Climáticas” apresenta uma cronologia das principais ações sustentáveis da Natura
  • 2007: Substituição do álcool normal por álcool orgânico = colheita sem queimada e sem utilização de fertilizantes no plantio da cana de açúcar
  • 2009: Redução de energia com uso de geradores na fábrica de Cajamar (SP)
  • 2010: Desenvolvimento de produtos passa a ser acompanhado por uma Calculadora de Carbono, que possibilita conectar as diferentes áreas da empresa, além de escolher melhor matéria-prima, tecnologia e design para impactar menos o meio ambiente
  • 2011: Distribuições de caixas com menor altura para as CNs implicando melhora na aparência e aumento do espaço nos caminhões de distribuição, com consequente economia de combustível e menos emissão de poluentes
  • Produtos: ‘vegetalização’  nas fórmulas, além de embalagens com PET reciclado e PE (polietileno) verde, feito do bagaço da cana
  • Transporte e logística: inauguração de novos centros de distribuição no Brasil, descentralizando a separação dos pedidos e otimizando o tempo de entrega. Incentivo ao transporte marítimo para abastecer as operações na América Latina.
  • Entre 2011 e 2012: caldeiras movidas a GLP e diesel da fábricas de Cajamar (SP) e Benevides (PA), respectivamente, foram substituídas por etanol e biomassa
  • Educação do consumidor: Tabela Ambiental traz nos rótulos e interiores das embalagens informações sobre o produto e a embalagem, com porcentagens de impacto calculadas em base seca
  • A partir dos dados de emissão de CO2 para geração de vapor, empresa opta por geração de energia via  interligação de rede eólica. Redução de uso de energia elétrica na sede de Cajamar
  • Compra de crédito de carbono como forma de compensação das emissões que não podem ser evitadas
  • Modificação no formato da Revista Natura
Assista ao vídeo:
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(Envolverde)