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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Quinze anos e para sempre


José Graziano da Silva. Foto: Cortesia do autor
José Graziano da Silva. Foto: Cortesia do autor

Os próximos 15 anos serão decisivos para o futuro de nosso planeta. Durante esse período, enfrentaremos alguns dos maiores desafios do século 21, em meio a uma transição contínua e profunda na economia global.
A superação da fome e da pobreza extrema são os desafios mais importantes. Hoje em dia, quase 800 milhões de pessoas não têm alimento suficiente para comer, apesar de se produzir comida suficiente no mundo para alimentar a todos. É evidente que precisamos de soluções urgentes para superar os gargalos estruturais que impedem que os que sofrem fome tenham acesso aos alimentos.
Em outras palavras, a inclusão social deve se converter na coluna vertebral do desenvolvimento. Entretanto, não conseguiremos nem a inclusão social e nem o desenvolvimento, a menos que nossas decisões estejam guiadas pela sustentabilidade.
Somos a primeira geração que pode acabar com a fome e fazer com que a segurança alimentar e nutricional seja verdadeiramente universal. E talvez também sejamos a última geração em condições de evitar danos irreversíveis provocados pela mudança climática.
O contexto político necessário para avançar na direção correta requer um grau sem precedentes de compromisso político.
Este mês foi dado um importante passo nesse sentido, quando a comunidade internacional apoiou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com uma agenda ambiciosa para mudar o mundo para melhor nos próximos 15 anos.
Esse novo pacto global para o futuro inclui crucialmente acabar com a pobreza e a fome até 2030, a mitigação e adaptação à mudança climática e a busca de formas mais sustentáveis de fazer com que a oferta atenda a demanda.
As decisões que tomamos como consumidores se tornaram tão importantes para o futuro quanto as que tomamos como produtores.
Além dos cerca de 800 milhões de pessoas que sofrem desnutrição crônica, a má nutrição também é um problema importante com aproximadamente dois bilhões de pessoas sofrendo deficiências de micronutrientes e outros 500 milhões que sofrem obesidade, esta última uma doença que está aumentando em muitos países de renda média e alta.
O mundo que se prevê por meio da consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável não é uma quimera inalcançável. Não é uma utopia e podemos torná-lo realidade.
A solução está no problema. Na medida em que a riqueza continuar ganhando distância da justiça, a sobrevivência dependerá mais e mais do imperativo da cooperação.
Ou construímos um futuro para todos, ou não haverá futuro aceitável para ninguém. Qualquer dúvida a respeito empalidece diante do êxodo que presenciamos, com refugiados arriscando suas vidas em uma tentativa desesperada de encontrar uma vida melhor em outro lugar.
Mais de 70% da insegurança alimentar no mundo se concentra nas zonas rurais dos países pobres e em desenvolvimento.
Uma das soluções é reconhecer e apoiar o papel que a agricultura familiar de pequena escala pode desempenhar para conseguir fome zero de uma maneira sustentável.
Para conseguir isso. precisamos de políticas públicas que desenvolvam as capacidades das pessoas, apoiar a produção, facilitar o acesso ao crédito financeiro, à tecnologia e a outros serviços, e promover a cooperação internacional.
Para erradicar a fome e a pobreza, devemos começar fazendo mais do que enfrentar situações de emergência quando ocorrem e em seu lugar dirigir nossos esforços para fazer frente às condições que as causam.
O custo do fracasso está claro. Se prevalecer o enfoque de negócio, como tem sido até agora, em 2030 ainda teremos 650 milhões de pessoas sofrendo fome.
Estimamos que para acabar com a fome até 2030 é necessária uma combinação de investimentos em proteção social e agricultura e desenvolvimento rural de aproximadamente US$ 267 bilhões. Isto significa cerca de US$ 160 ao ano para cada pessoa que sofre fome.
Isto é mais ou menos o preço de um telefone celular. Trata-se de uma quantidade relativamente pequena a pagar com a finalidade de liberar o mundo do flagelo da fome e de fazê-lo durante nossas vidas. Envolverde/IPS/Utopia Sustentável
José Graziano da Silva é diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Jornalistas debatem as pautas ambientais do século 21


CBJA
Estudantes, profissionais e membros da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental se reúnem em seu 6º Congresso em São Paulo, em outubro de 2015.
A cidade de São Paulo sediará a 6° edição do Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (CBJA) nos dias 20, 21 e 22 de outubro de 2015, no Sesc Vila Mariana. Jornalistas de todo o Brasil se propõe a tratar a fundo as questões ambientais, sociais, econômicas e tecnológicas que implicam nas pautas, nas condições e nas práticas do exercício do jornalismo ambiental. O CBJA é um dos principais eventos para jornalistas e profissionais de comunicação que atuam com pautas ambientais e de sustentabilidade no Brasil.
O tema escolhido para nortear os debates será “Mundo em Transição”. A ideia, explica Dal Marcondes, diretor executivo da Envolverde, responsável pela organização do Congresso, é tratar dos principais dilemas de nosso tempo, que vão das mudanças climáticas, resíduos sólidos, desigualdade, até a transição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. “Precisamos construir pautas mais integradas, com uma visão estruturada dos desafios ambientais e como eles interagem”, explica o jornalista.
Participações
Este ano o evento contará com a presença confirmada do jornalista John Vidal, editor de meio ambiente do jornal The Guardian. Entre os brasileiros estarão presentes os jornalistas André Trigueiro, editor do programa Cidades e Soluções da TV Globo; Amélia Gonzalez, editora do blog Nova Ética Social, do Portal G1; Maria Zulmira (Zuzu), jornalista da Planetária Soluções Sustentáveis e criadora do Repórter Eco na TV Cultura; Paulina Chamorro, apresentadora e editora da rádio Eldorado; Luciano Martins Costa, pesquisador em jornalismo; Mário Evangelista, editor do jornal A Tribuna; Maristela Crispim, do Diário do Nordeste; Luanda Nera, da Rede Nossa São Paulo; Edgard Matsuki, desenvolvedor do site boatos.org; Sônia Araripe, jornalista, Publisher da revista Plurale; Gustavo Faleiros,  do Portal O Eco e do ICFJ – International Center for Journalists, além de outros nomes relevantes da cobertura ambiental nos meios de comunicação e nas mídias sociais.
O evento contará também com a presença de autoridades, como o Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,  Arnoldo de Campos e representantes de Empresas, ONGs e Institutos como Natália Viana, da Agência Pública; Aldem Bourscheit, jornalista e especialista em Políticas Públicas do WWF-Brasil; Gabriela Yamaguchi, gerente de comunicação do Instituto Akatu; Mário Mantovani, diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica; Tasso Azevedo, membro do Observatório do Clima; André Vilhena, diretor do CEMPRE; Gina Rizpah Besen, consultora e membro da Cidade Democrática; Cláudia Diani – assessora de comunicação social da ANA (Agência Nacional de Águas); Nelton Friedrich, diretor de coordenação executiva Itaipu Binacional; Izabela Ceccato, idealizadora e fundadora da Eco Rede Social.
Para mediar as mesas de diálogos e rodas de conversas o Congresso conta com a participação  dos membros da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, correalizadora do VI CBJA. “A presença de especialistas e pesquisadores ligados a organizações sociais, governos, empresas, mídias e academia promove uma confraternização importante, com troca de experiências, novas ideias sobre os diversos temas de interesse socioambiental”, acrescenta Dal.
Pesquisadores
Durante o Congresso acontece também o Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Ambiental, que reúne pesquisadores da área de jornalismo ambiental em uma mostra científica.
Informações
O VI CBJA é uma realização do Instituto Envolverde, correalização da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e conta com o Apoio Institucional do SESC Vila Mariana. Conta ainda com o patrocínio da Itaipu Binacional , Agência Nacional de Águas (ANA) e da Tetra Pak e com o apoio do Ministério do Meio Ambiente. Tem como parceiros o CEMPRE, Fecomércio, Brasil Kirin,  Fibria, Maxpress, revista Eco21, revista Plurale, revista Ecológico, Instituto Mais, Instituto Ethos.
As INSCRIÇÕES SÃO GRATUITAS e podem ser feitas pelo site http://jornalismoambiental.org.br

SERVIÇO:
VI Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Dias 20, 21 e 22 de outubro de 2015
Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, 141, Vila Mariana, São Paulo
Inscrições e informações: jornalismoambiental.org.br/
III ENPJA
Informações e contato: http://enpja.com.br/normas/
04012-000