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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Menina de 9 anos constrói abrigos para moradores de rua





Hailey Fort poderia ser apenas mais uma garotinha comum que gasta as tardes brincando. No entanto, a pequena norte-americana decidiu abraçar uma causa e usar suas próprias mãos para mudar o mundo. No auge de seus nove anos de idade, uma de suas principais missões é construir abrigos para moradores de rua.
Conforme informado por ela em entrevista ao site King5, a ideia surgiu quando ela conheceu Edward. Após perder o emprego em um supermercado, o homem ficou sem ter onde morar. A situação tocou a garota, que decidiu ajudar a mudar essa história. “Não me parece certo que existam sem-tetos. Eu acho que todo mundo deve ter um lugar para viver”, opinou Hailey.
Com este ideal na cabeça, ela começou uma missão para angariar fundos e conseguir o suficiente para comprar os materiais necessários para a construção de um abrigo móvel para seu amigo. A estrutura é pequena e não deve servir de substituto às residências comuns, mas é uma solução de emergência para evitar que moradores de rua fiquem expostos ao frio, sol e chuva.
O abrigo possui, em média, dez metros quadrados e é feito pela própria garota. No lugar de brinquedos, ela lida com ferramentas de verdade e se responsabiliza por efetuar cada tarefa da construção. O trabalho é supervisionado pela mãe e assistido pelo avô, um empreiteiro que mora em outro estado.
Hailey vive com os pais na cidade de Bremerton, em Washington, EUA. Seu trabalho promete beneficiar muitas outras pessoas além de Edward. Com uma doação de três mil dólares, a jovem pretende construir mais de 11 abrigos para distribuir a outros necessitados da região.
A moradia é simples, mas os cuidados com o bem-estar dos usuários estão presente em cada detalhe do projeto. Hailey usou pallets de madeira para fazer a base da estrutura. Ela também instalou janelas, uma lâmpada interna, telhado e um sistema de isolamento térmico, feito com jeans reaproveitado. A garota pretende usar painéis solares para garantirem a energia elétrica. O custo médio de cada um dos abrigos é de US$ 300 e a família conta com o apoio de um fornecedor local que garante 50% de desconto na compra dos materiais.
Em sua página no Facebook a norte-americana tem recebido incentivos e apoio de pessoas de diversos locais do mundo. Ela usa a rede para divulgar outros projetos de cidadania, sempre tendo como foco principal a ajuda aos desabrigados. Uma de suas preocupações atuais é conseguir o apoio de instituições que liberem seus estacionamentos para que seus amigos possam estacionar seus abrigos até que consigam um emprego e uma moradia definitiva.
O senso de ajuda ao próximo parece estar no DNA de Hailey. Há quatro anos ela já plantava alimentos no jardim de sua casa para doar. Ela continua a fazer isso. Mas, enquanto cresce, ela aumenta também o seu envolvimento com as ações de cidadania.
 Redação CicloVivo/Utopia Sustentável

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Conheça o médico que se disfarçava de mendigo para atender moradores de rua





Ser médico é colocar o bem estar do ser humano em primeiro lugar. E essa lição o doutor Jim Withers aprendeu mais nas ruas do que nos bancos da faculdade. Há duas décadas, ele sai na madrugada para tratar de pessoas que vivem em situação de rua.
Para facilitar a aceitação dos moradores, em serem cuidados por ele, Withers se veste com roupas e sapatos desgastados e disfarçadamente aproxima-se deles, conquistando confiança. Desta forma, consegue realizar os procedimentos ali mesmo. Em casos mais graves, o médico faz o possível para convencê-los da necessidade de ir até o hospital.
Esta forma inusitada de amenizar a dor dos sem-tetos transformou-se em um movimento global, batizado de Street Medicine Institute (Instituto Medicina de Rua). A ideia que começou a ser desenvolvida em Pittsburgo, na Pensilvânia (EUA), hoje reúne médicos voluntários em diversos locais da América, África, Ásia e Europa.

Foto: Jim Withers/Facebook
Atualmente, os médicos saem em equipe com vans equipadas com serviços móveis, como clínicas médicas ao ar livre. O instituto realiza reuniões internacionais anuais que preparam médicos e estudantes de medicina a atuarem nas ruas.
Em entrevista à Revista Galileu, Withers explicou que, quando começou, ele queria se tornar parte da comunidade, atendendo os pacientes sem muitos empecilhos.
Apesar de avaliar que quem vai às ruas aprende a respeitar as condições e realidade do outro, para ele, nem todos os profissionais estão aptos para esse tipo de trabalho. Seu próximo passo é lançar um livro em que relatará as histórias que viveu durante esse tempo.
“A essência da medicina de rua tem como regra de ouro fazer aos outros o que gostaríamos que os outros fizessem por nós. Isso obriga-nos a acreditar que os outros são dignos o suficiente para merecer nossa compaixão”, define o instituto no site.

Médicos em comunidade de Praga. Foto: Jim Withers/Facebook
CicloVivo/Utopia Sustentável