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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sustentabilidade: um caminho permanente a ser trilhado




DalMarcondesComo produzir mais com menos? Dal Marcondes, jornalista e fundador do Portal Envolverde fala sobre o assunto na entrevista a seguir. O especialista é presença confirmada no V Seminário de Sustentabilidade Ambiental do Sistema FIEPE, próximo dia 28 de abril, no Recife.
O Sistema FIEPE realiza o V Seminário de Sustentabilidade Ambiental para disseminar e debater conceitos de sustentabilidade possíveis de serem alcançados pelas indústrias. Nesta edição, que acontece dia 28 de abril na FIEPE, estarão em pauta o entendimento sobre a economia verde e a importância para a sustentabilidade corporativa. Confira.
A busca pela sustentabilidade virou prioridade para empresas ou o caminho ainda é longo?
Sustentabilidade não é uma meta a ser atingida, mas um caminho permanente a ser trilhado pelas empresas e pelas pessoas. A cada conquista uma nova demanda se abre à frente e precisa ser compreendida e equacionada pelos gestores. Sempre há mais a ser feito. O bom desse formato de busca permanente pela sustentabilidade é o estímulo que isso dá à inovação, não apenas em tecnologias, produtos e serviços, mas também em modelos de gestão.
É possível fazer com que a sustentabilidade e o desenvolvimento empresarial/industrial caminhem juntos?
Não apenas é possível, como também necessário. Para as empresas a busca pela sustentabilidade significa melhor gestão de recursos, de materiais, de energia, de água. Ou estabelecer metas de sustentabilidade, como redução de emissões de gases estufa, utilizar menos recursos naturais e buscar maior qualidade e eficiência para produção e e gestão são requisitos essenciais do século XXI e de uma economia realmente moderna.
Processos mais modernos, de menor impacto ambiental, já são realidade dentro das empresas? Você tem algum número?
As grandes empresas globais já lidam com questões relacionadas à sustentabilidade de forma muito orgânica. Não apenas trabalham em seus processos, como exigem de seus fornecedores as mesmas métricas de eficiência que impõem aos seus próprios processos. Empresas que fazem parte da cadeia de fornecimento de grandes precisam estar atentas às demandas de mercado, principalmente porque as especificações estão mudando de forma muito rápida e o que era aceito ontem pode não mais ser o suficiente amanhã. Um exemplo é o Programa Sustentabilidade de Ponta a Ponta trabalhado pelo Walmart Brasil com mais de 40 de seus principais fornecedores. Foram estabelecidas metas de redução de resíduos, emissões, consumo de água, utilização de energia e outros requisitos sociais e ambientais. Praticamente todos os produtos envolvidos tiveram reduções significativas de custos em seus processos de produção. Há diversos exemplos de sucesso. Os principais vêm de empresas que estão assumindo a ponta nessa direção, tais como empresas que são cotadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo – ISE-BM&FBOVESPA. São empresas que há mais de 10 anos estão aprimorando seus processos e seus modelos de gestão e incorporando valores de sustentabilidade no centro de seus planos de negócios e planejamento de operações.
De que forma as organizações podem implementar economia verde com menor comprometimento financeiro?
Economia Verde ou economia sustentável significa basicamente produzir mais com menos. Ou seja, os custos de produção caem. Claro que há investimentos em desenvolver novos modelos de produção e na busca por inovação tecnológica ou de gestão. Mas dentro de um plano de médio prazo, a empresa consolida melhores margens a partir de uma visão integrada de negócios e sustentabilidade.
As expectativas a curto e médio prazo são turvas ou já estão mais cristalinas?
No médio prazo as perspectivas dependem de decisões das empresas. As que evoluírem para uma nova forma de produzir e oferecer seus produtos e serviços à sociedade certamente terão mais competitividade. Aquelas que ficarem esperando para ver o que vai acontecer irão atuar a reboque e possivelmente não terão as mesmas oportunidades do que aquelas empresas que liderarem as mudanças. (Fiepe/ #Envolverde).  Utopia Sustentável

sábado, 13 de dezembro de 2014

EXCLUSIVO – Presidente do IPCC diz que podemos “desaparecer gradualmente”




“Nós vamos gradualmente desaparecer!” Este é o alerta que Rajendra Pachauri, do IPCC, fez ao final da COP-20, naentrevista exclusiva que concedeu à Envolverde, produzida em pareceria com a equipe da ONG Engajamundoem Lima. Pachauri comentou os esforços para produzir mais energia limpa, os meios para facilitar a participação da sociedade civil nas decisões sobre o tema e a proposta brasileira para avançar as negociações rumo a um acordo global para enfrentar as mudanças climáticas a ser fechado em Paris em dezembro de 2015.
Veja um trecho da entrevista, que será publicada na íntegra pela Envolverde a partir de segunda-feira, 15, nas edições especiais de balanço da COP-20.
A 20ª Conferência das Partes (COP 20) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática terminou na sexta-feira (12) em Lima, no Peru. Desde o dia 1º de dezembro, mais de 190 países enfrentaram o desafio de redigir o rascunho de um novo acordo global com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Envolverde publicou um caderno especial durante as duas semanas do evento, com artigos e reportagens enfocando diferentes pontos de vista (Veja aqui). Os grandes entraves para avançar rumo ao acordo permanecem os mesmos das 19 conferências anteriores: o jogo de interesses que opõe nações ricas e as não desenvolvidas e a morosidade para chegar a um consenso sobre os prazos e responsabilidades de cada país para agir reduzindo o risco das mudanças climáticas.
Milhares de pessoas nas ruas do centro de Lima gritavam “precisamos agir agora!”, enquanto nas reuniões oficiais da Conferência representantes dos governos debatiam discursos engessados e compromissos vazios. Ao mesmo tempo, a natureza dava mais um sinal: o tufão Hagupit varre as Filipinas.
O recado já foi dado
Os relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) são categóricos: até 2050, é necessário reduzir as emissões entre 40% e 70% em relação ao início deste século, para impedir que a temperatura média do planeta suba mais que 2 graus Celsius e reduzir a zero as emissões até o fim deste século.
A natureza não negocia! Segundo o relatório do IPCC, a humanidade tem parcela significativa de responsabilidade pelo aquecimento global. Esses são temas abordados na entrevista que o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri, concedeu com exclusividade e será publicada a partir de segunda-feira pela Envolverde.
(Envolverde)