quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Somos todos (ir)responsáveis



A cada dia que passa somos surpreendidos com fatos políticos inimagináveis. A cada dia que passa outros fatos igualmente inimagináveis são superados por outros igualmente absurdos, mas superiores na audácia e grandeza dos anteriores.  Desnecessário desenhar pois todos sabem que esse é o Brasil de Temer, Renan, Jucá, Padilha, Moreira e, lógico, Gedel, uma versão mal acabada e menos inteligente de ACM.

Tal qual o executivo é o legislativo.  No Congresso, deputados e senadores, alheios à agonia das instituições e ao delicado momento do país, esfacelado ética e moralmente, parecem se superar na tentativa de aprovar leis que os salvem do olho do furacão que se avizinha.  E dane-se a sociedade.

O Judiciário segue a mesma trilha, ao invés de guardar a constituição-cidadã de 1988, ignorando pressões externas, se alia a uma inexistente governabilidade contra a sociedade.  Inútil correr aos botes, naufragaremos todos.

Resultado: nesse voo de galinha iniciado a partir da aprovação irresponsável de um impeachment arranjado nos porões traíras do Jaburu, nossas elites imaginaram poder fabricar governabilidade com uma plataforma que não elegeria prefeito nem João Gordo da querida cidadezinha de Bocaina de Minas.

E apesar de todo apoio midiático, a grande ave de rapina do usurpador-chefe não sai do chão, continua empacada.  Estados, municípios, desempregados, números a cada mês piores.  É o país entrando em ebulição.

Mesmo contando com a inércia de uma sociedade pacata que não lhes chuta o traseiro, nem exige mudanças, uma tal de delação da Odebrecht ameaça a paz de Banânia. 

É chegada a hora desse castelo de areias ruir, integralmente.  Inimaginável pensar que o “status quo” reinante se sustente como está até 2018.  Como o pior cego é aquele que não quer ver, protelar essa situação pode ser perigoso, irresponsável.  Quiçá até criminoso em um futuro próximo.  Seria de bom tom um pacto por uma reforma política de verdade ou uma constituinte exclusiva.  Pelo Brasil.

A velocidade e o tamanho da dor a que estaremos submetidos caso isso não ocorra, dependerá da mobilização de nossa sociedade.  Às ruas meu povo.    

Abraços Sustentáveis


Odilon de Barros

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