quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Jardins vivos: uma alternativa ao calor

Os jardins suspensos em edifícios podem amenizar a vida – e a temperatura – das selvas de pedra onde o homem moderno vive. A prática da permacultura urbana ganha adeptos ao redor do mundo e a natureza agradece. Telhados vivos não são novidade. No século 19, eram comuns em cabanas feitas de gramíneas nas pradarias dos Estados Unidos, e tetos de colmo ainda podem ser vistos em casas de madeira no norte da Europa. Felizmente arquitetos e construtores de todo o mundo começaram a adotar telhados com cobertura vegetal, não só por sua beleza mas também por sua praticidade e capacidade de minimizar problemas ambientais comuns em telhados convencionais.
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As membranas impermeáveis tornaram possível a instalação dos jardins suspensos que capturam água de irrigação, permitem o escoamento da água excedente, possibilitam a manutenção de um substrato cultivável. Em alguns lugares, há inclusive incentivos fiscais e outros subsídios para que os construtores instalem esse tipo de telhado. Em outros – como Alemanha, Suíça e Áustria -, os jardins suspensos são obrigatórios por lei sempre que o telhado apresentar inclinação adequada. Os benefícios práticos proporcionados por esse tipo de telhado são cada vez mais valorizados pois proporcionam o escoamento das águas das chuvas, ajudam na economia de energia e melhoraram o nível de ruído nas cidades.
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A mudança na concepção da cidade incrementa a idéia dos telhados vivos. Quando encontramos maneiras de tornar mais naturais as cidades, também as tornamos mais habitáveis para nós e para as gerações que estão por vir.
Os telhados vivos são um lembrete da força exercida pelos sistemas biológicos. No verão, as temperaturas diurnas nos telhados com impermeabilização asfáltica podem chegar a 65ºC, o que acentua o efeito geral das “ilhas de calor” urbanas – tornando as cidades  mais quentes que as regiões circundantes. Já os telhados com cobertura vegetal atuam como isoladores térmicos, e as temperaturas sofrem apenas pequenas oscilações, reduzindo custos com energia para resfriamento ou aquecimento de ambientes internos.
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Quando a chuva cai em um telhado normal, ela escorre dessas encostas urbanas e inunda os desfiladeiros artificiais que são as ruas – e, no caminho, toda essa água não é absorvida, deslocando-se quase sempre de maneira descontrolada. Um telhado verde, por outro lado, absorve e filtra a água, arrefece seu ímpeto e até mesmo armazena parte dela para uso posterior. Em consequência, ele ajuda a reduzir o transbordamento de esgotos, aumenta a vida útil dos sistemas de escoamento e devolve uma água mais limpa para a bacia hídrica circundante.
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