O projeto Curitiba Ecoelétrico, que promete implantar um programa de
mobilidade sustentável e ajudar a reduzir a emissão de gases tóxicos na capital
paranaense, entrou em operação nesta quarta-feira (12) com a chegada de dez
carros e três micro-ônibus movidos a eletricidade, a maior frota elétrica no
serviço público do Brasil.
Os micro-ônibus e os carros (cinco do modelo Zoe, três Kangoo e dois
Twizy) serão cedidos à Prefeitura pela Renault-Nissan e pela Itaipu Binacional,
por meio de contrato de comodato. Os veículos serão destinados à Guarda
Municipal, à Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e ao Instituto Curitiba
de Turismo.
“Esta parceria representa a valorização da questão ambiental e o
respeito ao ser humano, na medida em que a busca de alternativas menos
poluentes proporciona melhor qualidade de vida para a população”, disse o
prefeito Gustavo Fruet.
Jorge Miguel Samek, diretor-geral da Itaipu Binacional, afirmou que o
projeto do carro elétrico tem foco no usuário final. A utilização pelo poder
público é um piloto que vai gerar dados em tempo real, para aperfeiçoamento do
sistema. “Itaipu vem fazendo pesquisas para o desenvolvimento de carros
elétricos e gestão da mobilidade, numa grande preocupação com o futuro do meio
ambiente”, afirmou.
Samek disse que a nova tecnologia é mais limpa, mais eficiente e muito
mais econômica que os veículos convencionais a combustão. “O carro elétrico
representa o futuro da mobilidade e o Brasil tem uma vantagem adicional em
relação aos outros países: a matriz energética baseada na hidreletricidade”,
disse. “Em outros países, para recarregar a bateria do veículo elétrico, a
energia que sai da tomada muitas vezes foi produzida a partir de fontes sujas,
baseadas em combustíveis fósseis. Já no Brasil, temos uma matriz energética
limpa e renovável.”
Nesta primeira fase do projeto, serão implantados de dez a 12
eletropostos (totens) de abastecimento em quatro locais considerados
estratégicos para os órgãos da Prefeitura envolvidos: Rodoferroviária,
Secretaria Municipal de Abastecimento, Parque Barigui e Parque Tanguá.
Estão definidos dois sistemas de abastecimento com cargas de 30 minutos
a oito horas. A autonomia varia de acordo com o modelo do veículo. Com a
bateria totalmente carregada, o Renault Zoe tem autonomia de 210 Km; o Renault
Kangoo Z.E. 125 Km e o Renault Twizy 100 Km. Já os micro-ônibus possuem uma
autonomia prevista de 100 Km, quando totalmente abastecidos.
Para a segunda fase do projeto (2015-2017), estão previstos totens de
abastecimento multifuncionais que devem agregar em um único equipamento
serviços de cartão transporte, recarga dos veículos, parquímetro, câmera de
monitoramento, botão de emergência, informações turísticas, bicicletas
compartilhadas e wi-fi institucional.
Também há a previsão de estudos para implantar soluções de compartilhamento
(sharing) de carros e bicicletas, inicialmente voltadas para o mercado
corporativo e a serviços de interesse público. As próximas etapas (2018 – 2020)
estabelecem estudos de integração aos diversos serviços de transporte público.* Com informações da Prefeitura de Curitiba.** Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.