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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Amazônia: 73 milhões de hectares preservados


Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia vai preservar 73 milhões de hectares do território amazônico. Iniciativa vai se estender por cinco anos e deve catalisar mais de 680 milhões de dólares em financiamento, além da verba inicial do GEF. Foto: Flickr / Eduardo Duarte
Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia vai preservar 73 milhões de hectares do território amazônico. Iniciativa vai se estender por cinco anos e deve catalisar mais de 680 milhões de dólares em financiamento, além da verba inicial do GEF. Foto: Flickr / Eduardo Duarte

O Banco Mundial, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o World Wildlife Fund (WWF), vai participar da implementação do programa “Paisagens Sustentáveis” da Amazônia, uma iniciativa regional que pretende unir os governos do Brasil, Peru e Colômbia para combater o desmatamento desse ecossistema. No último dia 21 de outubro, o Conselho do Mecanismo Global para o Meio Ambiente (GEF), instituição parceira das agências da ONU, anunciou que disponibilizará 113 milhões de dólares para o projeto.
O programa quer proteger mais de 80% do território amazônico, garantindo a manutenção de 73 milhões de hectares de terras florestais, além de promover a gestão sustentável da terra em 52,7 mil hectares. Além de resguardar a biodiversidade do bioma, que conta com 16 mil espécies de árvores e 2,5 mil espécies de peixes, a iniciativa quer contribuir para o combate às mudanças climáticas através da preservação da região.
“A Amazônia desempenha papel crítico na regulamentação climática global, bem como na prosperidade ambiental e econômica da região, e é o maior repositório da biodiversidade do planeta”, explicou o presidente do GEF, Naoko Ishii. As ações apoiadas pelo projeto ‘Paisagens Sustentáveis’ da Amazônia, que se estenderá por cinco anos, devem contribuir para reduzir as emissões de dióxido de carbono em até 300 milhões de toneladas, até 2030.
Os países envolvidos no programa são responsáveis por 83% da Bacia Amazônica. “No Brasil, nos últimos 10 anos, reduzimos 82% do desmatamento da Amazônia. Reconhecemos 13% como terras indígenas e estabelecemos 27% das áreas protegidas”, destacou a secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Ana Cristina Barros.
Apesar dos avanços, para o coordenador do Programa Nacional de Conservação de Florestas do Ministério do Meio Ambiente do Peru, Gustavo Suarez, somente uma sólida colaboração regional pode garantir o sucesso na preservação do bioma. “As ameaças às florestas e rios da Amazônia relacionadas com os mercados de exportação, desenvolvimento da infraestrutura de transportes, atividades ilícitas, desigualdade social e pobreza estão crescendo”, alertou.
Banco Mundial participa de iniciativa para consolidar mercados de carbono
O Banco Mundial tem procurado combater as mudanças climáticas em diversas frentes de ação. Recentemente, a instituição se aliou a chefes de Estado, governos estaduais e municipais e presidentes de importantes companhias para pressionar a comunidade internacional a implementar políticas de precificação do carbono.
O apelo por avanços concretos na consolidação dos mercados de carbono foi emitido pelo Painel de Precificação do Carbono, do qual participam o Banco Mundial; o Fundo Monetário Internacional (FMI); a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE); a chanceler alemã, Angela Merkel; a presidente do Chile, Michelle Bachelet; o presidente da França, François Hollande; o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn; o presidente das Filipinas, Benigno Aquino III; o presidente do México, Enrique Peña Nieto; o governador da Califórnia (EUA), Jerry Brown; e o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Para as lideranças globais, a precificação do carbono e a criação de taxações específicas para empresas cujas atividades consomem grande volume de combustíveis fósseis podem estimular a competitividade entre o setor privado e acelerar a busca por alternativas mais limpas na produção industrial.
ONU Brasil/Utopia Sustentável. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Santuário ecológico no Mato Grosso do Sul cria novo modelo de negócio sustentável





Quem passa pela Estrada Vidigal no município de Itaquiraí, em Mato Grosso do Sul, de longe vê uma grande placa com uma onça ao lado do nome GreenFarm. Essa é, literalmente, a porta de entrada para um dos maiores negócios, existente hoje no país, para quem deseja se diferenciar no mercado apoiando diversos serviços de preservação ambiental em uma tacada só.
Diversas espécies animais sendo cuidadas, após serem resgatadas por maus tratos, tráfico ou posse ilegal. Um viveiro com capacidade para 30 mil mudas de árvores nativas e frutíferas, cinco mil metros quadrados de área de habitat para jacarés com reservatório natural de água, faixa de areia e vegetação. Área de bosque que hospeda harpias, espécie ameaçada de extinção. Recinto para reabilitação de aves adultas que se encontram machucadas e aprendizado de voo de filhotes. Esses são alguns dos projetos que os visitantes se deparam ao adentrarem no espaço, batizado de GreenFarm.

Fotos: Divulgação/Greenfarm
Todas as ações de conservação são geridas pelo empresário Marco Mammana, fundador do negócio, e qualquer empresa de pequeno a grande porte pode apoiá-las. Em troca, tais companhias terão, à disposição, um software para produzir o inventário de emissões e neutralizar o carbono, ser responsável por uma vasta área de preservação exclusiva, realizar visitas para lazer – na ocasião, poderá plantar árvores -,  inserir seu nome no site do empreendimento e usar todas as marcas registradas em seu conteúdo corporativo. Em suma, pode se posicionar no mercado como uma empresa ambientalmente responsável.

Foto: Divulgação/Greenfarm
Todas as atividades são monitoradas por câmeras ao vivo (veja aqui) e as empresas apoiadoras podem reproduzir as imagens a qualquer público, intitulando-se como parte do negócio, afinal, é preciso contar com os investidores para que os projetos se mantenham. “Procuramos empresas que já têm a sustentabilidade em seu DNA. Percebemos que a consciência  vem aumentando nos últimos anos, mas ainda é preciso de estímulo para que elas invistam uma quantia razoável em um negócio ambiental de resultado a longo prazo”, afirma Marcelo Mammana, diretor executivo da GreenFarm.

Foto: Divulgação/Greenfarm
Filho caçula da família Mammana, ele corre atrás dos investidores sem deixar a fazenda de lado. Mesmo com escritório em São Paulo, ao menos uma vez por mês, acompanha de perto tudo que acontece, lidando diretamente com as questões administrativas. “Não dá para ficar numa sala fechada atrás de um computador falando sobre sustentabilidade. É preciso colocar a ‘mão na massa’ e mostrar que entende do que fala”.
Recanto de paz
Lugar onde o amarelo no céu de fim de tarde se encontra com os tons de rosa, vislumbrando uma paisagem sul-mato-grossense única - antes do sol desaparecer por completo. Percorrer os mais de 900 quilômetros de distância que separam a capital paulistana do município que faz divisa com o estado do Paraná é recompensador. 

Foto: Catharina Birle / CicloVivo
Abrigando três biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal, a área soma 46 milhões de metros quadrados, sendo 30 quilômetros margeando rios – que podem ser apreciados de perto, por meio de uma balsa movida a biodiesel e com placas solares para fornecimento de energia elétrica. Aliás, os dois rios principais do entorno, Amambaí e Paraná, recebem cerca de um milhão de peixes anualmente, fruto do programa de criação e soltura de peixes.

Foto: Divulgação/Greenfarm
Andando na fazenda também é possível avistar araras que voam livres, de par em par, corujas em plena luz do dia, papagaios “tomando café” na mesa com as crianças pela manhã.
Com exceção dos animais em risco de extinção ou sem condições de se readaptarem na natureza, todos são tratados e devolvidos ao seu habitat natural. As espécies chegam pelas mãos de policiais militares, ambientais, federais, corpo de bombeiros, e ali encontram veterinários, zootecnistas, biólogos – profissionais especializados que compõem o Criatório Conservacionista de Animais Silvestres (C.C.A.S.).

Fotos: Divulgação/Greenfarm
Para fazer parte desse mega negócio é preciso decidir o quanto se está disposto a contribuir. Os investimentos são divididos em quatro tipos de cotas: standard, rubi, esmeralda ou diamante. O valor da mensalidade se altera à mesma medida que também aumentam os benefícios concedidos.Saiba mais sobre a GreenFarm aqui.

Foto: Divulgação/Greenfarm
CicloVivo